sábado, 30 de maio de 2009

Cenáculos benditos

“Façamos-lhe, pois, em cima, um pequeno quarto, obra de pedreiro, e ponhamos-lhe nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; quando ele vier à nossa casa, retirar-se-á para ali” (2Re 4.10). E assim aquela família rica de Suném fez para o profeta Eliseu o que nos tempos de Jesus chamou-se cenáculo.

A palavra cenáculo vem do latim (cænaculu deriva-se de cœna ceia) e refere-se ao lugar em que a família ceava. Infelizmente traz aos falantes de português a ilusão de cenário: nada mais distante. A palavra grega significa simplesmente quarto alto.

Embora nas casas ricas houvesse uma espécie de mezanino designado pelo mesmo nome, o mais comum era o cenáculo externo, com acesso por uma escada na lateral da casa, em que, nos dias quentes, se usava até como local de dormir.

Em um cenáculo Jesus instituiu a Santa Ceia quando celebrou a páscoa com seus discípulos. Em outro, em Jope - muitos anos mais tarde - Pedro ressuscitou Dorcas. De outro, em Trôade, durante o sermão de Paulo, que prolongou-se até meia noite, Êutico caiu de uma janela. E, foi para um cenáculo que os discípulos voltaram logo após o Senhor ter subido aos céus. Mas veja bem o texto: “Então, voltaram para Jerusalém, ... Quando ali entraram, subiram para o cenáculo...” (At 1.12-13). Não era qualquer um. Era “o cenáculo”.

Gosto de pensar que era o mesmo em que Jesus serviu a Santa Ceia. Imagino que ele fosse parcialmente aberto, pois creio que também foi lá que o Espírito Santo foi derramado.

De Atos 2.1 ficamos sabendo que “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar”. O contexto imediato que explica a expressão “mesmo lugar” é a reunião em que Matias foi escolhido, que - tudo indica - aconteceu no mesmo cenáculo e revela o hábito recém-criado de reunirem-se lá.

Em Atos 2.6 lemos “Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua”. Ora, se tudo aconteceu em um cenáculo semi aberto, fica fácil de se entender como a multidão de peregrinos judeus, que veio a Jerusalém celebrar a festa de pentecostes, teve conhecimento do que estava ocorrendo.

Às 9 horas da manhã, foram imediatamente habilitados a falar o idioma de um dos grupos lingüísticos ali representados.

Saíram às ruas. E, à medida em que “as grandezas de Deus” eram anunciadas na língua da pessoa a quem falavam, iam se dirigindo ao único lugar de Jerusalém que comportava uma multidão da qual três mil foram batizados: o pátio do templo.

Bendita casa que abrigou o Senhor Jesus durante a páscoa da qual ele disse ter “desejado ansiosamente comer” com seus discípulos antes de seu sofrimento.

Bendita casa que recebeu de volta os onze e os demais discípulos, em suas primeiras reuniões, serviu de local para a escolha de Matias e finalmente foi o lugar preferido pelo Espírito Santo, em detrimento da pompa, riqueza e do cerimonial que acontecia no templo, para derramar-se sobre os seus.

Bendita casa em que o Evangelho começou a ser proclamado até chegar a nós, que vivemos nos confins do mundo.

Benditas sejam também as nossas casas onde o Espírito Santo manifesta seu poder produzindo seu divino fruto em cada um de seus moradores, os verdadeiros “santo-dos-santos” onde habita o Senhor.

Benditos cenáculos, onde qualquer pessoa - de qualquer cultura, língua ou nação - nascido “não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus mediante o lavar regenerador de seu Espírito” - o qual “de pedras suscita filhos a Abraão” - repetem a última ceia do Senhor esperando pela primeira a ser celebrada nas casas que ele disse que iria preparar.

sábado, 23 de maio de 2009

“Não vos deixarei órfãos”

Alguns dicionários restringem o sentido da palavra “órfão” a menores de idade ou a incapazes. Àqueles que, pela falta dos pais, carecem de algum amparo ou de quem responda por eles.

Perdi meus pais após 30 anos de idade, e se não houve o que fazer em termos legais, houve a que providenciar por mim mesmo, a fim de mitigar a falta de ambos.

Lembro-me das noites em que eu orava em favor de ambos. Depois que meu pai morreu gastei certo tempo para me acostumar em agradecer pela vida dele e pedir em favor de minha mãe. Anos depois precisei me acostumar de novo: passei a agradecer pela vida dos dois.

Em termos materiais a morte deles não afetou minha vida. Mas em termos afetivos e espirituais sou completamente incapaz de descrever o que aconteceu.

No próximo domingo, dia de pentecostes, relembraremos o cumprimento da promessa de Jesus: “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros” (Jo 14.18).

A palavra grega nesta promessa - que, aliás, deu origem à nossa é “orphanos” - pode ser usada para referir-se a qualquer um que perdeu seus pais, mas seu uso bíblico é muito restrito, pois, além daqui, ocorre apenas na carta de Tiago, quando ele fala da verdadeira religião. E o sentido nos dois textos pressupõe incapacidade, ou necessidade.

Se Jesus promete não deixá-los órfãos, obviamente ele está se colocando na posição de pai, e colocando-os na posição de quem não podem passar sem um.

O Senhor, nos dias de sua carne, desempenhou o papel do Pai ao ponto de dizer a Filipe: “Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras” (Jo 14.9-10).

Ao reassumir a glória que teve com o Pai desde a fundação do mundo, para que os seus não ficassem órfãos ele os enviou seu Espírito.

Se a segunda implicação era a de que os seus não suportariam a orfandade, segue-se um desdobramento: o Espírito Santo supriria o papel de Pai que ele havia desempenhado. Portanto o remédio para a orfandade do Senhor Jesus era - e ainda é - a presença do Espírito Santo.

Mediante o Espírito Santo os seus não foram apenas capacitados a desempenhar a missão que dele receberam, mas tornaram a desfrutar de sua presença e de sua paternidade.

Capacitados e protegidos, aqueles por quem morreu, desfrutam mediante o Espírito Santo, das mesmas bênçãos que os discípulos e os apóstolos desfrutaram tempos atrás.

Essa é mais uma das grandes bênçãos que o Espírito Santo nos traz. Bênção que quase não é lembrada em nossos dias confusos.

domingo, 17 de maio de 2009

Subiu aos céus

Nunca meus lábios cessarão, ó Cristo,

De bendizer-te, de cantar-te glória;

Pois guardo na alma teu amor imenso:

Grata memória!

Agradecido, pelo amor sem par que meu Senhor revelou na cruz, preparei-me antecipadamente para relembrar sua última semana, pois a importância desta semana na História de Redenção é realçada pela atenção que todos os evangelistas lhe deram.

Reverentemente e grato acompanhei dia-a-dia essa semana esforçando-me para entender o que aconteceu em cada dia e como tais acontecimentos me afetam hoje.

Fui alertado pela figueira infrutífera, que, apesar de folhuda, amaldiçoada pelo Senhor secou-se. E este alerta agravou-se quando vi sua ira contra os que vilipendiavam o templo.

Ouvi, triste e assustado, todos os ais e imprecações que o Senhor verberou contra os líderes religiosos hipócritas que se preocupavam com os mosquitos e engoliam camelos.

Mantenho vivas as advertências que o Senhor fez sobre o futuro e, embora saiba que a maioria já se cumpriu aguardo com sofreguidão o cumprimento de parte delas.

Aprendi o quanto é fácil desperceber o que está acontecendo, e discutir com companheiros do mesmo serviço, com discípulos do mesmo Mestre, quem de nós é o maior, e entendi o gesto do Senhor, que enrolado em um toalha lavava-lhas os pés prestando-lhes o serviço de um escravo.

Chorei - como sempre faço ao repetir o ato do Senhor - lendo como ele repartiu seu corpo e seu sangue a pessoas tão indignas quanto eu.

Condoí-me de Pedro; e alertei-me mais sobre a facilidade que cada um de nós tem de negar o Senhor, diante da menor ameaça.

Alegrei-me com Madalena ao saber que o Senhor não ficou na tumba, mas ressurgiu vitorioso.

Exultei ao escutar o Senhor dizer a Tomé que mais bem-aventurado são aqueles que não o viram e creram.

- * -

Hoje, me preparo para, na próxima quinta-feira, avivar na mente o que aconteceu 1978 anos atrás, em Betânia, quando o Senhor foi elevado aos céus diante dos olhos de seus discípulos, que receberam a promessa de dois anjos que ele haveria de vir do mesmo modo como o viram subindo ao céu.

Era o encerramento de seu ministério terrestre, em que esvaziado dos atributos que o impediam de ser um de nós, tomou sobre si as nossas dores e sarou-nos por suas chagas.

Não sabemos a que hora do dia aconteceu. Mas sabemos que ele retornou para o mesmo lugar de onde veio. Saiu de tudo aquilo que criara e retomou a glória que tivera com o Pai antes de haver mundo.

Sendo um de nós, no corpo adquirido de Maria – do qual nunca se separará – sentou-se à destra do Pai, e reina “até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés” e “o último inimigo a ser destruído é a morte”.

De lá, juntamente com o Pai, enviou o Espírito Santo à Igreja, e por meio dele, está presente com dois ou três que estiverem reunidos em seu nome cantando louvores ao Pai, e capacitando-os a viver, não mediante as obras da carne, mas frutificando conforme foram designados.

Concedeu presentes à Igreja que resgatou com seu sangue: ofícios e respectivos oficiais. Estes, guiados pelo Espírito Santo, apascentam seu rebanho - a Igreja - conforme sua vontade, mediante os dons que dele receberam.

Se a Redenção foi concluída na Cruz, como atesta seu brado: “está consumado”, seu ministério terrestre, que foi iniciado com os anjos anunciando a pastores de ovelhas seu nascimento, terminou quando eles anunciaram a pastores de almas que, como ele subiu, um dia voltará.

Que ele volte logo. Maranatha!

domingo, 10 de maio de 2009

Mostarda: semente e planta

Jesus usou muitas parábolas para descrever os diversos aspectos do Reino de Deus. Em três delas (Mc 4.30, Lc 13.18e20) ele fez uma pergunta do tipo: “A que assemelharemos o reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos?”.

Nosso Mestre procurava as figuras que melhor atendessem a capacidade de seus ouvintes e algumas devem ser “atualizadas” para nossa realidade se quisermos entendê-las bem.

Há alguns dias me perguntaram como as “aves dos céus” podem aninhar-se nos ramos de um pé de mostarda, se ela é apenas uma plantinha de dois palmos de altura?

Ora, a própria descrição do Senhor nos mostra que ele falava de um tipo de planta que chegava a ser “a maior de todas as hortaliças”. Uma pesquisa rápida mostra que nossa mostarda é da família Brassica e a que ele se referia deve ser da família Sinapis, a qual cresce até 2 metros ou mais, pois há textos que falam de plantas mais altas.

Entretanto, o mais importante, para quem estuda o Reino de Deus, é notar os pontos que o Mestre destacou: o contraste entre o pequeno tamanho da semente e o grande tamanho da planta, e a presença das “aves dos céus”.

Do contraste, a lição do Senhor é óbvia: O Reino de Deus tem um início pequeno, mas se torna grande. Da presença das aves, aprendemos sobre sua utilidade.

Sobre os tamanhos, convém lembrar que ambos - tanto o pequeno quanto o grande - são temas recorrentes ao longo das Escrituras. Acaso não nos lembramos do profeta Zacarias (4.10) ordenando-nos a não desprezar os “pequenos começos”? Ou porventura esquecemos que o profeta Isaías fala do dia em que toda a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar?

Assim é o Reino de Deus. Seu início, de tão pequeno, é desprezível. Afinal seu início é a palavra. Entretanto ele se transforma em algo tão grande que é capaz de mudar o cerne do ser humano: seu coração. Muda totalmente: converte. Converte um coração rebelde em um coração dócil ao seu Criador e Redentor.

Sobre as “aves do céu”, que se aninham (literalmente: fazem tenda) nos ramos da “planta Reino de Deus”, a interpretação mais usada é a de que os outros encontram naquele em que o Reino de Deus, de semente tornou-se planta, um lugar de repouso. Porém, levando em conta o sentido das demais vezes em que Jesus falou delas, sou propenso a entender que elas encontram repouso à custa da planta. Ou seja: elas prejudicam a planta. Explico:

A expressão “Aves dos Céus” aparece nos evangelhos apenas em quatro contextos: 1) Quando o Senhor diz não possuir onde “reclinar a cabeça”, mas as aves dos céus têm ninhos, 2) na Parábola do Semeador, quando Jesus diz que as aves dos céus comem as sementes caídas no caminho, 3) na Parábola sobre a qual estou falando, e 4) quando Jesus desafia seus discípulos a terem fé em Deus que sustenta até as aves dos céus que não semeiam, não colhem e nem ajuntam em celeiros.

Ou seja, elas não aparecem em contextos favoráveis à planta. Elas se valem da planta, no mínimo, para pouso. Há textos que falam delas se alimentando das sementes de mostarda.

A experiência comprova. Alguém em cujo coração o Reino de Deus foi plantado mínima semente, e desabrochou planta frondosa, muitas vezes é explorado - humanamente falando - e enganado, ao ponto de nosso Mestre nos advertir que “porque os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz”, ou que nos enviou como cordeiro para o meio de lobos.

Porém, o consolo que temos é sua ordem de sermos misericordiosos como nosso Pai que “faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos”.

Aquilo, que em nós teve um início pequeno, cresceu. Hoje, mesmo com prejuízo próprio coloca-se à disposição de seu Senhor, pois é súdito do Reino de Deus.

sábado, 2 de maio de 2009

Profecias que se cumprem

Em 1347, os venezianos disputavam com os genoveses a cidade de Kapha, que ficava na atual Ucrânia, e era comercialmente estratégica. Contrataram então um povo mongol para cercar a cidade, que, bem fortificada, oferecia grande resistência.

Os mongóis, dispersos por um território de vastas estepes conviviam, sem maiores danos, com uma febre que provocava o aparecimento de bolhas negras na pele. Entretanto agrupados em condições precárias, como acontece em uma guerra, foram os primeiros a experimentar um alto índice de mortandade entre seus soldados. Era a Peste Negra ou Peste Bubônica.

Talvez por estratégia de guerra, ou por vingança, atiraram cadáveres por cima das fortificações da cidade, e a contaminam.

Alguns fugitivos levaram a doença para a Anatólia (atual Turquia) e outros, em um barco, já chegaram mortos à Sicília, onde os que os enterraram foram o primeiros europeus contaminados. Dois anos depois a peste já havia chegado a grande parte da Europa, inclusive à Ibéria e às Ilhas Britânicas. Quatro anos depois chegou aos países nórdicos.

Matou cerca de 50 milhões de pessoas (talvez 75), o que equivalia a 1/3 da população européia da época. Há relatos de cidades inteiras abandonadas com pilhas de mortos insepultos, de desespero, pânico, descrédito e até fanatismo.

Antes da Peste Negra houve muitas outras. Porém nenhuma foi tão bem documentada quanto ela. Depois dela, além de seus retornos a cada geração de europeus durante os 400 anos gastos para se entender seus mecanismos de contaminação e tratamento, o mundo sofreu muitas outras pandemias.

As mais notáveis foram: a gripe espanhola na última metade de 1500, com mais de 1 milhão de mortos na Espanha e muitos em outros países. A Peste Italiana em 1630. A Praga Londrina em 1665, que matou cerca de 100 mil pessoas (1/5 dos habitantes de Londres) e muitos na Europa. A Peste de Viena em 1879. A gripe aviária, que desde 1900, quando foi registrada pela primeira vez na Itália, se manifesta esporadicamente no mundo todo e, quatro anos atrás trouxe pânico aos países da Ásia. Agora, o mundo se preocupa com a gripe suína.

Em todas as manifestações anteriores, os animais - ratos ou aves - eram os transmissores. E a velocidade de propagação da doença dependia da velocidade de locomoção deles: dos ratos, via de regra, nos navios, e das aves em suas migrações. Agora as pessoas são os transmissores. E transmitem com a rapidez do avião, que a levam em menos de um dia de um continente a outro. De um lado da terra ao outro.

Não deixa de ser notável, que o Sermão Profético de Jesus, proferido dias antes de sua morte, conhecido como o pequeno Apocalipse, e registrado nos três evangelhos sinóticos, concordam na enumeração de quase todas as catástrofes a que o Senhor se referiu: Guerras, terremotos e fomes. Entretanto, Lucas, o médico, destaca a palavra “pestilência” (no grego: loimos).

Alguns argumentam que com o aumento da população mundial a conseqüência direta é o aumento das doenças, especialmente das infecciosas. Pode ser. Porém, esse aumento que se observa no número de pandemias, é muito semelhante ao aumento que se observa no número de terremotos que independe do tamanho da população mundial. Ou seja: estamos vendo mais uma profecia se cumprindo debaixo de nossos olhos.

Não sabemos se ceifará muitas vidas como a Peste Negra o fez, muito menos se, as medidas que todos os países estão tomando serão suficientes. Porém sabemos que como não foi a primeira, não será a última.

Você já reparou que todas as advertências de Jesus já se cumpriram? Nesse mesmo sermão ele foi bem claro: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” Lc 21.33.

Entretanto, não há motivo para desespero, pois quem nos adverte é o mesmo que nos ordena a ter esperança e até mesmo a exultar com a proximidade de sua volta: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” (Lc 21.25-28).