sábado, 29 de junho de 2013

A verdadeira natureza do casamento

Por dever de ofício celebro casamentos há muitos anos e já estou acostumado a ver, tanto momentos de grande beleza e ternura, quanto momentos de ostentação que beiram o ridículo.

Infelizmente, nós protestantes, herdamos da Igreja Católica todo o aparato do casamento, especialmente a simbologia do rito: Entrada da noiva, entrega que o pai faz ao marido, o véu branco, os padrinhos e especialmente o acompanhamento musical. Mas como a Igreja Católica o fez, nós aumentamos também algumas coisas, como a bênção dos pais e uma participação inusitada da mãe do noivo.

Tendo sido instituído por Deus antes do pecado de Adão, o casamento é para os cristãos algo de enorme importância e para enfatizar Jesus foi claro ao repetir as palavras do Pai: “... o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher e os dois serão uma só carne” (Mt 19.5). O escritor de Hebreus é claro ao ordenar: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros” (Hb 13.4). E o apóstolo Paulo, nos capítulos 5 e 6 de sua Carta aos Efésios, foi claro ao colocar o casamento como um símbolo da união entre Cristo e sua Igreja.

Os profetas foram duros com aqueles que desrespeitavam o casamento. Malaquias chega a dizer que Deus rejeita as ofertas do cônjuge infiel: “Além disso, ainda cobris o altar do SENHOR de lágrimas, choro e gemidos, porque ele não olha mais para as ofertas, nem as aceita da vossa mão com prazer. Mesmo assim, perguntais: Por quê? Porque o SENHOR tem sido testemunha entre ti e a esposa que tens desde a juventude, para com a qual foste infiel, embora ela fosse tua companheira e a mulher da tua aliança matrimonial. Não foi o Senhor que fez deles um só? Eles lhe pertencem em corpo e espírito. E por que um só? Porque ele queria uma descendência santa. Cuidai de vós mesmos, portanto, e que ninguém seja infiel para com a sua esposa desde a juventude. Pois eu odeio o divórcio e também odeio aquele que se veste de violência, diz o SENHOR Deus de Israel. Portanto, cuidai de vós mesmos, diz o SENHOR dos Exércitos, e não sejais infiéis” (Ml 2.13-16 Sec.XXI).

Sendo tão importante para nós, não é de admirar que sejamos intransigentemente contra o chamado casamento homossexual. Está certo que não podemos obrigar a todos a viverem debaixo dos costumes e da fé que professamos, mas casamento é algo religioso, pois além de todas as razões que expus acima, ainda tem Deus como testemunha e o Deus Criador o fez para consumar, inclusive anatomicamente, sua obra.

A celebração de um casamento na Igreja não é um culto, no sentido estrito da palavra, e sim a celebração de um pacto que toma o povo de Deus e o próprio Deus como testemunha. Não é um sacramento, pois além das muitas razões que o descaracteriza como um, não tem consequência eternas: só é válido até a morte de um dos cônjuges. Porém, sendo algo tão grave deveria ser realizado com a seriedade devida à sua natureza.

Todos os ritos são dispensáveis se o coração dos dois estiverem firmes no propósito de continuar a obra divina e corrigirem aquilo que Deus percebeu que não era bom em tudo o que fez: a solidão. E todos os ritos, desde os pomposos aos ridículos, serão afronta a Criador se o propósito do casal for outro que não o estabelecido por Deus.

Entretanto, a atenção de todos, especialmente dos amigos do casal, geralmente se voltam para os ritos, achando que com isso lhe garantirão uma vida mais feliz. Ledo engano. Fariam melhor se os acompanhassem em exortações e orações e principalmente em companheirismo na difícil fase de ajustamento.

Nunca poderemos esquecer que o casamento é digno de honra. Não de palhaçadas.

sábado, 22 de junho de 2013

Protestar? Contra o que?

Temos visto nos últimos dias uma série de protestos em diversas cidades brasileiras. Parece que tudo começou com a insatisfação pelo aumento do preço das passagens de ônibus. Porém ...

Primeiro: Como explicar protestos em cidades onde não houve aumento do preço das passagens? Precaução para que não haja? E como explicar a continuação dos protestos nas que já cancelaram os reajustes?

Segundo: Como explicar as múltiplas reinvindicações? Se o começo foi um protesto contra o aumento das passagens, por que houve manifestações também contra os gastos com a Copa das Confederações, ou contra o PEC 37, ou pela melhoria dos hospitais e das escolas públicas, ou contra a ação policial, ou pela “volta dos bondes de Sta. Teresa”, pelo direito de aborto, contra a corrupção, contra a opressão e outras.

Terceiro: Como é possível se ver a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro ser depredada e incendiada, o Congresso invadido, a Prefeitura de São Paulo e o Itamarati ter seus vidros quebrados e concordar com repórteres, comentaristas e autoridades que estamos vendo uma conquista da democracia? Que democracia é esta que picha um “A” de anarquia sobre a bandeira nacional?

A imprensa internacional, que nos vê com uma distância crítica, também não entende: A BBC vê uma insatisfação com as despesas com a Copa das Confederações diante de tantas outras necessidades. O Le Figaro é mais explícito e diz que “A onipotência da Fifa mexe com a raiva dos brasileiros”. O The New York Times compara com a Revolta do Vintém de 1879 (que ao ser estabelecida a cobrança de passagens nos bondes, a população do Rio de Janeiro, chegou a arrancar os trilhos das ruas, levando D. Pedro II a destituir o ministro que estabeleceu a cobrança).

Porém, tenho a impressão de que elas refletem algo maior e mais difuso: uma desilusão mundial com os governantes sempre mostrados pela imprensa como ineptos ou corruptos. É como se nosso país passasse a fazer parte das manifestações mundiais.

As primeiras atingiram os países árabes (a chamada primavera árabe, que só recrudesceu os governos islâmicos contra os cristãos que habitam nesses países), depois vieram as manifestações americanas, gregas, portuguesas, espanholas, suecas e mais recentemente a turca.

Veja que todas estas manifestações possuem uma espécie de gatilho que as desencadeia e logo elas se tornam difusas deixando de lado a reivindicação que as desencadeou. As da primavera árabe começaram com o suicídio do jovem tunisiano Mohamed Bouazizi, que ateou fogo às próprias roupas desesperado com as extorsões que sofria das próprias autoridades. O movimento se alastrou pelo Egito, Líbia, Síria (onde tornou-se a guerra sangrenta que estamos vendo) e com menor força (ou melhor reprimida), no Kuwait, Marrocos, Arábia Saudita e outros.

Na América do Norte, foi algo mais concentrado na especulação financeira de Wall Street e acabou sendo sufocada pelo desgaste natural ou pela melhora, ainda que pífia, da economia.

Nos países europeus há uma diferença enorme entre os países que com crises econômicas (Grécia, Portugal e Espanha) e a Suécia, onde a revolta é produzida pelos imigrantes mais bem acolhidos de toda Europa, provocando o espanto em toda população sueca.

A turca é um pouco diferente. O gatilho foi a demolição de uma praça, e, se num primeiro momento, houve uma dispersão de protestos, depois eles se concentraram na queda do Primeiro Ministro Erdogan.

A aparência desses movimentos, ainda que o conteúdo deles seja diferente, não se assemelha com os que vemos aqui? Parece que é nossa vez (A Agência Reuters já chama de Primavera Tropical). Meu receio é de que o governo não a controle, pois já houve protestos em mais de 100 cidades e algumas já atingiram 1 milhão de manifestantes. E como nosso governo se vale muito do futebol para desviar a atenção dos problemas nacionais desta vez não conseguirá pois muitos estão protestando exatamente contra as imposições da FIFA. Aliás já escrevi algo sobre isso em 17/12/11.

Os especialistas em comportamento de massa dizem que é esperado estatisticamente (conforme a curva de Gauss?) que um pequeno grupo participe apenas olhando e outro pequeno grupo parta para a agressão enfurecida, enquanto a grande maioria faz apenas o que se propôs. Isso talvez explique a presença de vândalos em todas as manifestações, pois seria demais que a organização do evento contrate um grupo para tanto.

As Redes Sociais são outro aspecto do qual não podemos nos esquecer. Elas tornaram possível a criação de um sentimento de frustração e até de indignação e facilmente o transforma em atos concretos.

No começo dessa semana recebi um pedido para participar de um abaixo-assinado virtual, contra o uso de balas de borracha, feito por um repórter que pode perder a visão. Enquanto eu examinava o site do abaixo assinado, vi um link para uma ferramenta que organiza facilmente um protesto. Nela alguém tinha acabado de escrever ao proprietário reclamando que havia pedido um “espaço” para organizar seu protesto mas já se passara horas e não havia sido atendido. Enquanto eu lia, apareceu a resposta: “pode acessar agora, que está livre pra você”.

Se o tal sentimento chegou, devemos pedir a Deus, que o use para o bem do País e que o mesmo não chegue à violência que vimos na Síria, onde, dias atrás, um combatente, matou um soldado do governo, abriu-lhe o peito, arrancou o coração e o mordeu na frente das câmeras ameaçando fazer o mesmo a todos os soldados do regime.

Como cristãos, podemos protestar? Claro que sim! Podemos fazê-lo com violência? Claro que não!

Não é sem razão que somos chamados de protestantes, mas nunca lançamos mão da violência, do crime ou da desordem nem da mentira para protestar. Temos esse nome como referência à carta de protesto assinada pelos príncipes luteranos contra a reafirmação do Édito de Worms feita pela Dieta de Speyer em 1529.

Oremos pelo nosso país e não participemos do que é mau nem do que certamente levará ao pecado. E nos lembremos sempre da ordem divina: “Não espalharás notícias falsas, nem darás mão ao ímpio, para seres testemunha maldosa. Não seguirás a multidão para fazeres mal; nem deporás, numa demanda, inclinando-te para a maioria, para torcer o direito” (Ex 23.2).

sábado, 15 de junho de 2013

O Povo de Deus (Parte 2)

No artigo passado vimos como o Povo de Deus que viveu antes de Jesus, Israel, foi usado por Deus, para preservar sua Revelação e como a Igreja, recebendo esta revelação, interpretada por seu próprio autor, tem agora a obrigação de levá-la a todo mundo.

Porém, deixei claro que Israel teve uma segunda missão: preservar a linhagem da qual nasceria o Messias.

A descendência de Eva foi preservada por Deus no dilúvio e Sem foi escolhido e um de seus descendentes, Abraão, recebeu de Deus sua Aliança.

Abrindo um pequeno parêntesis: Deus age assim: Por escolhas: Escolheu Noé, escolheu Abraão, escolheu Moisés, escolheu Davi... e, finalmente escolheu Maria.

Voltando. Desde cedo nosso inimigo maior atentou contra o “descendente da mulher” (aquele que ele julgava ser o Escolhido e que lhe pisaria a cabeça). Não foi por outra razão que tramou a morte de Abel, e afadigou-se em levor todos os patriarcas (inclusive Jó) a pecar contra o Altíssimo.

Não fosse a graça divina tornar Sara fértil apenas na velhice, de modo que sua gravidez sobrenatural e o nascimento de Isaque (aquele que acolheu com alegria as promessas) passaria despercebida. Algo semelhante sucedeu a Rebeca e embora os gêmeos em seu ventre ainda não houvessem feito coisa alguma, que pudesse caracterizar o pecado de um deles, Deus já havia dito: “o mais velho servirá ao mais moço”.

Não estou me esquecendo da natureza corrompida do homem que sempre desagrada e peca contra Deus sem precisar de ajuda. Mas há explicação melhor para a reincidência sistemática do erro no período dos Juízes do que a ação do maligno em todo o povo?

O pecado mais destacado nos dias dos Reis, segundo o próprio Deus, foi agir segundo as nações ao redor. E, durante os dias de Atalia, se não fosse a coragem de Jeosabeate a linhagem de Davi teria sido interrompida: “Vendo Atalia, mãe de Acazias, que seu filho era morto, levantou-se e destruiu toda a descendência real da casa de Judá. Mas Jeosabeate, filha do rei, tomou a Joás, filho de Acazias, e o furtou dentre os filhos do rei, aos quais matavam, e o pôs e à sua ama numa câmara interior; assim, Jeosabeate, a filha do rei Jeorão, mulher do sacerdote Joiada e irmã de Acazias, o escondeu de Atalia, e não foi morto.” (2Cr 22.10-11).

E assim podemos acompanhar todas as listas do cativeiro e finalmente as duas genealogias de nosso Senhor. A de Lucas que o filia a Adão, como semente da mulher que haverá de esmagar a cabeça da serpente (o que de fato fez) e a de Mateus o filia a Abraão com quem fez a Aliança do qual o próprio Jesus é o fiador.

Embotado em si mesmo Israel preservou a linhagem da qual nasceu nosso Senhor, que ao transformar a organização de seu povo na forma de Igreja o mandou ir por todas as nações e pregar seu Evangelho.

Um só povo. Uma só missão: Louvar a Deus! Dois períodos distintos: o de Israel e da Igreja com missões “sub-missões” distintas:

Em Israel destacou-se a proteção das Escrituras e da linhagem do Messias. Era época de Isolamento e isso chegou ao fim.

Com a Igreja a palavra de ordem é: Vão pelo mundo afora e divulguem a obra do Messias e como ele ensinou as Escritura. É época de missões!

sábado, 8 de junho de 2013

O Povo de Deus (Parte 1)

Provavelmente todos os cristãos concordarão que Israel foi o antigo Povo de Deus. Concordarão que foi, pois nem todos concordam que o atual Israel é a continuidade do Israel da Bíblia (mas esse é outro assunto, para outro artigo).

Tanto Israel teve, quanto a Igreja tem a missão primordial de adorar a Deus sendo para ele “povo peculiar”. Entretanto, Israel teve missões específicas e subjacentes a esta missão principal, que já cessaram, assim como a Igreja possui também e que só cessarão quando estiver diante de seu Senhor. Israel devia manter intocada a Revelação do SENHOR e a linhagem da qual nasceria o Messias (daí seu isolamento). A Igreja tem a obrigação de levar a todos os povos a Revelação do Senhor (daí sua catolicidade).

Abordarei estes aspectos em textos seguidos, mas uma primeira observação já se impõe: sob este ângulo, podemos dizer que Israel foi a “adolescência do Povo de Deus” assim como a Igreja é sua maturidade.

Israel estava sujeito a mandamentos que tinham como único objetivo mantê-lo isolado. Isso fica claro nos mandamentos sobre comidas e vestimentas, semeadura, etc. E isso pose ser visto até nos dias da Igreja Primitiva: “Quando Pedro subiu a Jerusalém, os que eram da circuncisão o arguiram, dizendo: Entraste em casa de homens incircuncisos e comeste com eles” (At 11.2-3).

Vamos examinar essas missões separadamente: Primeiro consideremos a manutenção da Palavra de Deus.

Até os dias de Abraão a Palavra de Deus foi preservada através da transmissão oral, a partir de então passou a ser grafada, porém poucos sabiam como fazê-lo e quem sabia o fazia em tabletes de argila, que depois de queimados no forno (como fazemos até hoje com os tijolos nas olarias) adquiriam sua maior resistência. Portanto, eram frágeis e pouco eficientes na quantidade de informações que podiam conter. Além de frágeis eram pesados. Imagine o peso do livro do profeta Isaías nessa mídia. Acho que seria necessário um caminhão para carregar toda Bíblia.

Além disso o modo como a linguagem da época era grafada através de caracteres pictográficos ou ideográficos, não permitia o registro da profundidade necessária a um pensamento complexo.

Não estou dizendo que não houvesse este tipo de pensamento. Havia sim. Os discursos dos amigos de Jó atestam a existência dele. Mas, tudo indica que eles foram preservados oralmente.

Acho que é necessário fazer um parêntese em prol da transmissão oral. Não podemos julgá-la à luz da que temos em nossos dias em que ela foi praticamente extinta. Nas sociedades antigas ela era muito importante e muitíssimo mais precisa. Podemos ter uma pequena amostra disso se nos lembrarmos de como nossos avós eram capazes de recitar o nome de seus antepassados com riqueza de detalhes sobres suas vidas.

A providência divina fez com que, não apenas novas mídias, mais portáteis e confiáveis, passassem a ser usadas (o papiro e principalmente o pergaminho). Mas também mudou o modo como os idiomas passaram a ser grafados. Houve um grande avanço com a invenção da sílaba.

A sílaba é basicamente articulação de dois, ou mais caracteres determinados, onde um estabelece o “ataque” (a consoante) e outro o estabelece o “som” (a vogal). As vezes uma sílaba já significa algo, ou seja: já é uma palavra. Porém, a maioria das palavras é constituída de duas ou mais sílabas e expressam tudo o que pode ser dito.

Em pedaços de couro macio (o pergaminho) costurados e enrolados, a revelação foi então escrita para segurança e certeza nossa. Dela se serviu nosso Senhor: “Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir” (Lc 4.16-21). Neste texto, os detalhes (sábado, sinagoga, assistente, etc.) atestam que Jesus estava usando o texto hebraico da segunda parte da Bíblia dos Judeus: os livros proféticos.

Israel teve papel chave na manutenção dessa revelação. Era um povo isolado, sem artes cênicas ou plásticas e com apenas este livro, que era copiado meticulosamente. Tantas eram as precauções para que as cópias fossem fiéis que seria muito extenso relatá-las aqui.

Hoje temos a Revelação da vontade Deus e como ela deve ser vista em profundidade, através das luzes que o Evangelho nos proporcionam para entende-la e aplicá-la em nossa vida. Como Igreja somos obrigados a vive-la de conformidade com o modo que o Novo Testamento a interpreta e isso será nossa adoração a Deus.

Porém, nossa segunda missão, subjacente a essa, é: Indo por todo mundo (por essa razão a Igreja não possui um território), onde encontrar um lugar em que a vontade de Deus não é observada, divulgá-la. Isso é evangelização! Isso será levar as nações a louvar a Deus.