Jesus foi traído por um de seus Apóstolos.
Que dor terrível ele deve ter sentido.
Apesar de não ser Apóstolo, eu já o traí também.
Que dor terrível ele deve ter sentido.
Apesar de não ser Apóstolo, eu já o traí também.
Quando foi preso pelos levitas de seu próprio templo
Seus Apóstolos, com medo, fugiram.
Com medo de confessar seu nome, eu já fugi também.
Humilhação, escárnio, tortura e dor. Vilipêndio, enfim.
Impingidos pelos que o deveriam cultuar e zelar pelo seu culto.
Pedro viu e calou-se. Até mesmo negou conhecê-lo.
João viu, e, de longe, impotente, nada fez.
Os outros mantiveram-se escondidos.
Eu não estava lá. Mas já o neguei conhecê-lo.
Muitas vezes, nada faço, quando hoje ele é escarnecido.
Como os demais, muitas vezes me escondo debaixo de desculpas.
Rei, que era, merecia uma coroa, um manto e um cetro.
Muitas vezes o espetei com os espinhos de meus louvores.
Outras tantas, o cobri com o manto roto de uma adoração vã.
E sempre lhe dou um caniço e rejo-me com o cetro de meu orgulho.
Carregou a cruz onde seria pendurado.
Carregou por mim. Eu é que merecia estar lá.
Foi pregado. Mais uma vez foi escarnecido.
Por mim! Por mim! Pois eu é que deveria estar lá.
O Pai o desamparou. Ficar longe dEle era o inferno, por fim.
Meu castigo eterno, caía com intensidade, sobre seus ombros.
Senhor: como falar de teu amor? Como te agradecer?
Tomarei o cálice da salvação.
Viverei pela tua graça.
Pela graça sou salvo.
Aleluia!