domingo, 21 de outubro de 2018

Marxismo Cultural (Parte 2)


O “marxismo de Marx” dizia lutar contra as desigualdades econômicas e sociais, mas, como vimos, isso não cativou a classe operária, que, na primeira guerra mundial, prontamente lutou por seus países contra os ideias comunistas. 

Muitos tentaram explicar isso, mas foi a explicação de Gramsci que prevaleceu. Segundo ele, a fonte de todas as desigualdades era a família e em última análise a religião que a sancionava. 

Na família, dizia ele, o marido explora a mulher e os pais exploram os filhos com a bênção da religião. A solução, dada por ele e seguida por seus discípulos (a grande maioria dos atuais esquerdistas) foi incentivar à rebeldia das esposas e dos filhos.

Não é mera coincidência o aparecimento da moda unissex, do apoio a casais homossexuais (de tantos tipos que faltam letras no alfabeto: LGBT...).

Quantos casais não foram desfeitos pela influência de uma mídia comprometida com as ideologias feministas ou com a venda de um “amor” que só acontece a personagens fictícios.

Os maridos foram ensinados a procurar a mulher que só existe na imaginação deles e assim relegar suas esposas a um segundo plano. As esposas foram ensinadas a ver que o cuidado do lar e dos filhos é de menor importância. Muitas esposas cristãs, comprometidas com o papel bíblico de auxiliadoras da missão do marido, acharam suas “próprias missões”.

O ataque às primeiras ordens do Criador foi certeiro: O homossexualismo luta diretamente contra o crescer e multiplicar-se, e as “novas famílias” lutam contra “por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher e os dois serão uma só carne”. Atente para “o homem e sua mulher”, pois para eles pode muito bem ser “a mulher e seu homem ou a mulher e nada mais”.

As drogas foram de grande auxílio para que os filhos se voltassem contra os pais: criou-se, quase que espontaneamente, a figura do ultrapassado (quadrado, careta...) que, por si só já é algo que deve ser evitado.

O sexo passou a ser praticado sem a estabilidade proporcionada pela família. A máxima passou a ser: “Meu corpo, minhas regras”. Não é coincidência o aparecimento de coisas como Woodstock. Como também a maior explicitude nas telas o que antes, quando muito, era insinuado.

Tudo o que colaborar para a desestabilização da família e para evitar sua formação segundo as normas do Criador, foi, é, e sempre será o objetivo desse novo marxismo.

Além disso, os jovens passaram a receber modelos ruins em idade cada vez mais tenra, e sob o pretexto de não prejudicar a carreira das esposas, as escolas (creches) passaram a substituir a família na formação da cosmovisão dos próprios bebês. Educar o próprio filho em casa passou a ser um absurdo e até um crime a ser punido.

Os alunos passaram a avaliar o desempenho do professor, que passou a ter como mais importante a missão de agradá-los do que formá-los.

Não é a toa que os modelos imitados pelos jovens não sejam seus pais (ou os heróis do passado), mas os que estão “na ponta”. A ética ideal é a que está para ser descoberta e não a que orientou nossos ancestrais.

Por essas e muitas outras razões, é tão importante para os movimentos de esquerda que o governo imponha as desgraças que a famílias brasileiras estão vendo.

sábado, 20 de outubro de 2018

Marxismo cultural


É a nova apresentação do velho comunismo. O comunismo começou com as teses de Karl Marx, que cria que a tomada de consciência pelo operário, de que ele era, de fato, o responsável por toda a riqueza produzida então, era a chave para uma mudança mundial.

Era necessário que os operários se apropriassem dos meios de produção (pela força) e implantassem a Ditadura do Proletariado onde os patrões se tornariam operários e haveria apenas uma classe social/econômica.

Preste atenção no hino da internacional comunista: https://youtu.be/DGIb--joV_w
Destaco duas estrofes:
De pé, ó vítimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
Uma crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos mundo Neste,
Sejamos tudo, oh Produtores!
Refrão:
Bem-vindo a esta apresentação final,
Duma Terra sem amos} bis
A Internacional.
Messias, Deus, chefes supremos,
Nada esperemos de nenhum!
Sejamos nós quem conquistas
A Terra-Mãe livre e comum!
Para não ter protestos,
Para sair deste antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos,
Tudo o que nos diz respeito!

A ideia que o hino sintetiza é a de que os operários se levantem contra tudo que se lhes apresenta como superior: Patrões, Messias, Deus, chefes supremos ...

Mas, a desilusão dos comunistas foi ver que na Primeira Guerra Mundial os operários assumiram a defesa de seus patrões contra os ideais comunistas!

Gramsci compreendeu que a cultura e a religião foram definitivas para a escolha dos operários, e propôs que tudo tinha de ser invertido: os ideais comunistas, em vez de impostos pela força, tinham de ser disseminados, com tanta intensidade e por tanto tempo até que “se tornassem verdades divinas”. Foi isso o que aconteceu no Brasil (pra não dizer no mundo).

Segue abaixo alguns links para você que tem interesse em compreender a situação pela qual o Brasil passa:

1) Do ponto de vista protestante:
- Uma excelente palestra do Pb. Solano Portela no Seminário JMC: https://youtu.be/9m-lhp2PqcM
- Uma síntese feita pelo Yago Martins: https://youtu.be/nrCiTRznn3Q

2) Do ponto de vista católico romano:
- Aulas do Pe. Paulo Ricardo: https://youtu.be/EQNSoNR_jLE
- Aula do Prof. Olavo de Carvalho: https://youtu.be/3OftHc9iF6Y

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Por que o Cristão não deve votar em partidos de esquerda


Minha família, amigos, alunos e ovelhas estão politicamente divididos. Há quem assuma de tal modo a defesa da esquerda, que chega a dizer que ela é o único regime político que vive a ética bíblica.

Bem… Não é assim. A história, que nos mostra as barbaridades cometidas pela esquerda, mas principalmente que o discurso dela é um e prática é outra. Ou você não viu ainda a declaração: “há um modo de fazer a história e há um modo de contar a história”.

Eu não quero fazer uma análise da “esquerda”, pois as livrarias estão cheias de análise melhores do que eu poderia fazer. Basta procurar.

Mas quero chamar sua atenção para um fato inquestionável: A esquerda é anticristã: O cristianismo é altamente perseguido em países de esquerda. Isso pode ser provado agora: Vá ao site da organização Portas Abertas e procure a “lista mundial” (https://www.portasabertas.org.br/artigo/listamundial) e veja o mapa do mundo colorido de cinza a laranja forte, conforme a intensidade da perseguição. Veja cada um dos países perseguidores: o que não for muçulmano é esquerdista.

Não quero ser simplista, mas um cristão que incentive os votos em partidos ou candidatos de esquerda está incentivando a perseguição à Igreja.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Uma nota oportuna


Este blog nasceu de uma necessidade: Em 2004 recebi de uma ovelha o boletim de uma Igreja Americana (na realidade de brasileiros que viviam nos EUA) com uma recomendação: “não deixe de ler o artigo, pois é muito bom e o pastor de lá se esforça muito para manter um bom nível teológico em seus escritos”. O texto era meu! Eu o havia publicado no boletim da Igreja que eu estava pastoreando então.

Minha indignação maior não era a falta de crédito, era ver o texto, cheio de erros de digitação, e sem dois parágrafos importantes para uma correta compreensão do assunto.

Minha primeira reação foi parar de escrever. Afinal, pensava eu, sabe-se lá onde esses boletins vão parar. Mas, graças a Deus, bons amigos me apontaram uma saída melhor. Nasceu assim este blog. Se alguém quisesse copiar que copiasse. Além de copiar sem erros (além dos meus próprios), eventualmente teria de explicar por que aquele texto já existia antes na internet.

Então de 2004 até 2014, todos os textos que escrevi para o boletim daquela e Igreja (e mais alguns outros que podiam ser interessantes) foram transcritos no blog.

Em 2015, ano que fiquei em Belo Horizonte, dando aulas no Seminário Presbiteriano Rev. Denoel Nicodemus Eller, escrevi poucas coisas. O assunto das aulas era muito técnico e tomava muito tempo de preparo.

Em 2016 fui lecionar no Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição em São Paulo e este blog continuou de lado, pois além dos assuntos continuarem muito técnicos, apareceu a oportunidade de sistematizar alguns Estudos Bíblicos feitos durante meu pastorado e concluir diversos textos.

Um desses textos tornou-se o livro “O Escriba do Rei” e os Estudos Bíblicos, a que me referi, receberam o nome de “Quando for ler”.

Inicialmente, o “Quando for ler” deveria ser publicado em papel em um volume só com o título “Quando for ler a Bíblia”, mas não encontrei nenhuma editora interessada nele e uma auto publicação estava fora de cogitação, pois além de não ter o dinheiro suficiente para pagá-la, eu acabaria dando todos os exemplares: nunca fui bom vendedor. Decidi então publicá-la em mídia eletrônica, pois além de ser muito mais barato (já que não exige papel, transporte, estoque, distribuição, loja, vendedor, etc.) era muito mais prático para se publicar e se ler: pode ser lido em computador, tablete, ou num simples celular.

Infelizmente, por motivos técnicos, tive de publicá-los em uma série: Pentateuco, Livros Históricos e Livros Poéticos. Breve publicarei Livros Proféticos, completando o Antigo Testamento, e no segundo semestre de 2018 publicarei o Novo Testamento.

Quanto ao “Escriba do rei” a história é um pouco diferente: Ao estudar a história dos Reis de Israel, se percebe que os relatos do Livro dos Reis e das Crônicas, discordam em pequenos pontos. Não comprometem o assunto básico, mas deixam um leitor atento meio desconcertado. Fica mais complicado no caso de alguns Reis. Como o Rei Ezequias, que além dos relatos das Crônicas do Livro de Reis, recebe um relato adicional do Profeta Isaías e é mencionado no Livro dos Provérbios de Salomão.

Como conciliar esses relatos? Como entender que o mesmo Ezequias, que mantinha escribas recuperando o texto do Livro dos Provérbios, precisou raspar o ouro da porta do Templo para pagar tributo aos assírios e pouco tempo depois é repreendido por Isaías por ter mostrado seu vasto tesouro aos emissários do Rei da Babilônia?

Resolvi escrever então um texto ficcional: Um dos escribas de Ezquias sai escondido de Jerusalém, que estava sitiada pelos Assírios e vai por um caminho “menos usual” à Tiro buscar um saldo de ouro que Salomão deixará lá por ocasião da construção do Templo.

Isto não deve ter acontecido, mas me dá uma possível explicação para o surgimento do ouro e me proporciona falar sobre Jerusalém, sobre a geografia da Israel e sobre Tiro (importante entreposto comercial de então e centro da mais perversa idolatria sexual que sempre perturbou Israel. Lembre-se de que foi de lá que veio Jezabel).

Foram 20 anos de pesquisa. Li tudo o que encontrei sobre vestimentas, remédios, comidas, etiqueta, guerra, armas, comércio, etc. Mas... daquela época!

Coloquei, como um dos personagens da história, um adolescente para fazer as perguntas que julguei necessárias ao enredo que situei entre poucos dias antes da cura miraculosa do Rei Ezequias, pelo Profeta Isaías (lembra-se da pasta de figos?) e poucos dias depois da morte do exército assírio que sitiava Jerusalém.

Procurei escrever usando frases curtas, períodos curtos, ações visuais e ligeiras de modo a facilitar ao máximo a leitura de um texto que, pode ser complicado para alguns menos familiarizados.

Espero que a leitura do texto lhe traga tanto prazer quanto prazerosa foi para mim sua escrita.