segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Por uma evangelização consciente

Uma das funções mais deturpadas ao longo da história da Igreja tem sido, sem dúvida, a proclamação do evangelho.

Quando o Senhor ordenou a seus apóstolos que anunciassem as boas-novas havia certas características que desde cedo foram confundidas e que, em nossos dias, estão longe de serem praticadas.

O Senhor mandou como seus enviados, pessoas que anunciassem com sua autoridade. Não quem implorasse ou usasse de expedientes que aviltam seu Nome, degradam sua obra e desdizem sua mensagem.

Hoje nos incluímos no rol dos que receberam esta sagrada incumbência e fazemos bem, pois ela foi dada a nós também mas muitos não aceitam as restrições que o teor da mensagem impõe a seus proclamadores.

O Senhor mandou que seus enviados anunciassem “boas notícias”. Mas as boas-notícias foram logo desvirtuadas. Transformadas em convite ou em um simples anúncio como outro qualquer.

As vezes são os proclamadores que não possuem entendimento claro do que anunciam e, por isso, anunciam a solução das necessidades humanas (prosperidade, saúde, e outras). As vezes são os ouvintes que, não conhecendo as “más-notícias” (a perdição em que se encontram), não fazem a mínima idéia do valor das “boas-notícias”.

Você está lembrado do que aconteceu a Paulo em Listra? (At 14): Aquele povo ficou tão impressionado com o milagre feito por ele que foi necessário repreendê-los e chamar a atenção deles para que o verdadeiro Evangelho prevalecesse. O mesmo aconteceu em Atenas (At 17): a pregação no Areópago - verdadeira agressão aos costumes atenienses - foi uma exposição doutrinária da soberania e dos decretos de Deus, para que o evangelho não virasse mais uma das muitas novidades que tinham prazer em examinar.

Após a morte do último apóstolo, a história nos informa que o Evangelho serviu a muitos propósitos. Desde dominação política, a partir da época Constantino, até instrumento de exploração comercial.

Hoje ele é utilizado de tantas formas que fica difícil de ver o verdadeiro Evangelho. Em um mundo hedonista como o nosso, ele é manobrado para atender a um público cada vez mais ávido de diversão. Em um mundo cada vez mais comercial ele destaca as igrejas locais que possuem uma preocupação organizacional e mercadológica.

Na parábola de Jesus as aves do céu encontram abrigos nos ramos da hortaliça que representa o Reino de Deus. Hoje o mercado agarra-se aos galhos da Igreja como uma planta parasita que não apenas mina sua força, mas compromete sua própria existência.

Não deixemos de proclamar o Santo Evangelho. Aqui, ali e acolá. Mas não nos deixemos envolver pelos valores do mundo, pois
“o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”. 1Jo 2.17

2 comentários:

Anônimo disse...

Pregar o evangelho é muito mais um posicionamento sério diante de Deus do que propriamente "falar" a respeito do plano da salvação.

Temo que o evangelho esteja sendo deturpado pois às pessoas que o anunciam, o melhor dizendo, que fazem parte do rebanho, podem ser facilmente desmascaradas.

Anônimo disse...

Pregar o evangelho é muito mais um posicionamento sério diante de Deus do que propriamente "falar" a respeito do plano da salvação.

Temo que o evangelho esteja sendo deturpado pois às pessoas que o anunciam, o melhor dizendo, que fazem parte do rebanho, podem ser facilmente desmascaradas.
R.

Pode um Cristão ser “Esquerdista”?

1º - Se for presbiteriano (membro da Igreja Presbiteriana do Brasil) não pode, pois o Concílio Maior desta denominação já condenou diversas...