Desde muito cedo aprendi com meus pais a ter grande apreço pela Bíblia. Ainda criança já tinha consciência de sua singularidade. Nunca joguei uma fora - mesmo as mais usadas ainda permanecem comigo - nem deixei que alguém jogasse.
Estava, e ainda estou, bem certo de que seu valor transcende o do papel, porém como respeito ao que ela nos traz - a revelação divina - meu apreço estendia-se e estende-se às mídias em que esta revelação está registrada.
De vez em quando olho a Bíblia que usei quando adolescente. É bom ver marcado em suas páginas os textos que me traziam força para as lutas daquela época. É bom relembrar como eu os entendia e como os aplicava em minha vida. É bom entender os problemas ou vitórias, ou descobertas, que fizeram com que aqueles textos se destacassem a mim. Foram muitos.
Absolutamente, não quero me colocar como exemplo, porém, mostrar como a vida de uma criança, adolescente, jovem e agora adulto pode ser vivida na presença de Deus sem os perigos do misticismo, sem as bobagens da superstição e sem a hipocrisia da falsa piedade.
O misticismo não conduz a Deus. Quando muito conduz à própria pessoa que engana-se a si própria. A superstição leva à coisas como deixar a Bíblia aberta em direção a porta, no Salmo 90, para evitar a entrada de ladrões. A falsa piedade leva a uma vida voltada para impressionar os outros. Esses três usos, são os modos mais eficiente do inimigo de nossas almas nos levar a fazer o que ele quer, servindo-se da Palavra de Deus.
Hoje vejo a Bíblia, não com ingenuidade que meus pais, querendo ou não, passaram a mim, e, pela qual, serei eternamente grato. Tampouco como aquele fantástico espelho dos meus problemas de adolescente e jovem. Todas essas formas de vê-la, é certo, continuam, porém como pequena semente de uma árvore tão grande que já perdi a noção de seu tamanho.
Dela me vem instrução para o dia-a-dia, porém vem discernimento para o rumo que os "tempos" estão tomando. Com ela os noticiários são mais relevantes e claros. Com ela o lazer adquire gosto especial de dádiva divina. Com ela as artes são mais artes: a música é mais do que som, as cores têm vozes e os desenhos ganham expressão.
Porém, acima de tudo, as dúvidas - vento insistente que não refresca - são dissipadas mais facilmente. Afinal, tenho a Bíblia como a única Palavra registrada de Deus, e, por ele mesmo, autenticada.
Por que é que você acha que dentre tantas coisas que ele podia nos deixar preferiu deixar-nos um livro?
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Um comentário:
Folton
Esta última pergunta me fizeste no meu blog um dia destes... e reconheço que nunca a entendi totalmente.
Divaguei na ocasião uma resposta, mas sempre fiquei na dúvida.
Me responda meu caro... Qual é a resposta?
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