sábado, 5 de novembro de 2011

A verdadeira adoração (parte 3)

Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão

No texto de introdução a estes quatro aspectos do pecado que ofendem tão somente a Deus, observei que esta proibição foi dada numa época em que a prática da magia pelo uso dos nomes era algo comum. Naqueles dias cria-se que conhecer o nome de alguém era o mesmo que adquirir poderes sobre aquela pessoa.

Há registros de que os sacerdotes de Israel se viram obrigados, durante o ofício, a pronunciar o tetragrama sagrado em voz mais baixa do que as demais palavras, pois alguns queriam aprender sua pronúncia correta com o fim de usá-lo em ritos mágicos. Não me admiraria se fosse verdade à luz da frase dos exorcistas ambulantes de Éfeso: “Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega” (At 19.13).

Há alguns anos atrás um empresário desesperado me procurou querendo oração, pois tinha certeza de que um concorrente tinha “costurado seu nome na boca de um sapo”, o que me lembrou de uma senhora que trazia sempre um papelzinho com o versículo 7 do Salmo 91 sobre seu coração (Caiam mil ao teu lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás atingido) para evitar eventuais balas perdidas.

No Boletim de 2 de abril deste ano descrevi minha visita a alguém hospitalizado que dispôs as almofadas de sua cama de tal modo que uma Bíblia aberta no Salmo 91, (onde estão escrito os principais nomes pelos quais Deus é conhecido no Antigo Testamento), ficava sempre virada para ele, em um processo, que, segundo ele, o possibilitava “repousar à sombra do Onipotente”.

Eu poderia escrever várias páginas de casos curiosos em que o nome de Deus certamente estaria sendo tomado em vão e este mandamento estaria sendo quebrado, atestando assim as palavras do sábio de que “não há nada de novo debaixo do sol”. Nem pecados.

O Povo de Deus da Nova aliança recebeu uma missão clara e específica na qual a facilidade para se cometer esse pecado é enorme: Ir pelo mundo inteiro e pregar o Evangelho.

Ao pregar o Evangelho deveríamos dizer apenas: o SENHOR já não tem mais nada contra você, pois suas culpas foram pagas por Jesus. Arrependa-se e creia! Mesmo que fosse a pessoas de uma cultura que nada conhecesse do SENHOR ou de Jesus e muito menos tivesse noção dos débitos diante de Deus.

Lembre-se que Paulo no Areópago, frente a pessoas ávidas em conhecer que novos deuses ele apresentava, após introduzir sua mensagem, já lhes falou de como Deus não precisa deles, de como Deus fixou-lhes os tempos determinados, e estabeleceu o modo como deveriam encontrarem-se com ele, a saber: Jesus. E concluiu conclamando a arrependerem-se daquelas coisas vãs e esperarem em Jesus a quem Deus ressuscitou, pois criam que ele anunciava um casal de deuses: Iesous (Jesus) e Anastasis (ressurreição).

Entretanto o Evangelho tem sido anunciado hoje como produto e Deus tem sido comercializado como um mercadoria vil. Isso é a pior forma de tomar seu nome em vão.

A pretexto de tornar essa mensagem mais agradável a ímpios, veicula-se nos meios que mais delicia a impiedade: as artes. E as artes em vez de serem usadas para o louvor de Deus (seu verdadeiro papel) são usadas como instrumento aliciador, proselitista e vendedor. Novamente o mandamento é quebrado.

Será que conseguiremos viver sem quebrar esse mandamento? Graças a Deus que em Cristo temos vitória, pois somente com ele podemos dizer “Santificado seja o teu nome”.

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