Encontrada em escritos desde o Sec. XVII, a palavra conspirar faz parte de nosso vocabulário
há muito tempo. Sua origem é a expressão latina conspirare (cum + spirare = respirar juntos) e seu sentido
principal pressupõe mais de uma pessoa tramando secretamente em detrimento da
verdade. Teoria, neste caso, é a proposta de uma explicação para o que não se
conhece.
Mas, aqui entre nós, nunca gostei da expressão. Talvez por
ser a tradução literal de conspiration
theory sem qualquer adaptação ao nosso idioma e pelo uso que a mídia passou
a fazer dela nos empurrando diversos sentidos (nenhum deles muito preciso).
Há muitas “teorias da conspiração”. Algumas curiosas. Outras
são até atraentes (e sobre elas se pode até usar o dito italiano “Se non è vero, è ben trovato”).
Mas, outras são risíveis (pra dizer pouco).
É possível encontrar uma lista de centenas delas na
internet: desde a fluoração da água (seria uma forma dos produtores de alumínio
se livrar dos resíduos tóxicos da produção) à terra oca (haveria um espaço no
centro da terra com uma civilização inteira), ou a que explica que a humanidade
descende de seres espaciais. Dia desses ouvi a alegação de que “o cristianismo
foi inventado durante o Império Romano para controlar as massas”.
Sobre o cristianismo, uma das mais velhas aparece registrada
na Bíblia: A primeira explicação para a ressurreição de Cristo: o roubo do
corpo (Mt 28.1-15). Ou seja:
ressureição foi uma invenção dos discípulos de Jesus, que, para dar maior
veracidade, roubaram seu corpo do túmulo. A mais abrangente é que as religiões,
especialmente o cristianismo, é o ópio do povo. Ou seja: o que mantem o povo
dormente e o impede de reagir contra o que os poderosos fazem.
Porém, para os cristãos, não há teorias e sim uma conspiração
pura e simples. Conspiração que começou no Jardim do Éden e que inclui a
rebeldia contra Deus. Ela é descrita em texto como: “Os reis da terra se
levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido,
dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas” (Sl 2.2-3).
Ela pode ser vista na recusa sistemática ao verdadeiro Deus, seja em luta
aberta contra ele, seja na busca de outros deuses.
Você já notou que (e nos últimos tempos isso tem se
agravado) qualquer hipótese, para qualquer coisa, que inclua a ação de Deus, e
sua existência, é sempre descartada em prol do maior absurdo? É como se
dissessem: qualquer coisa menos Deus.
Você já notou como a verdadeira religião, cada vez mais, é
mostrada como uma conspiração contra o homem? Bem... nesse ponto há uma certa razão,
pois a verdadeira religião busca a glória de Deus e mostra o quanto o homem
está miseravelmente caído. Mas, a verdadeira religião não é uma conspiração,
pois não deseja suprimir a verdade. Pelo contrário, deseja que a verdade brilhe
cada vez mais.
Um comentário:
Pr. Folton,
Gostei muito da sua reflexão sobre a verdade do Evangelho.
Me fez lembrar de um texto que li no livro "Não tenho fé suficiente para ser ateu", de Geisler & Turek:
http://astse.blogspot.com.br/2013/10/nao-tenho-fe-suficiente-para-ser-ateu-2.html
Tento sempre acompanhar suas postagens.
Saudações cordiais cristãs.
Marcelo.
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