sábado, 23 de outubro de 2010

Santificado seja o teu nome

Em nossa época tão materialista, por amor aos propósitos mais vis, desrespeita-se até o próprio Nome do SENHOR. Aquele, que não deve ser tomado em vão (pois ele não terá por inocente quem fizer isto).

A salvação é a maior bênção que recebemos, mas como conseqüência dela recebemos muitas coisas que sequer podemos enumerar. Por exemplo: somos filhos.

Quando Abraão orava, dirigia-se a Deus chamando-o de SENHOR. O damasceno Eleazar, seu servo, orou ao "SENHOR Deus de Abraão e Isaque".

A Isaque, Deus se apresentou como "Eu sou o Deus de Abraão teu pai". E a Jacó, como "Eu sou o Deus de Abraão e Deus de Isaque". A apresentação mais conhecida foi feita a Moisés: "Eu sou o Deus de Abraão, Isaque e Jacó".

Isso afetou o modo como se dirigiam a Deus: "E orou Jacó: Deus de meu pai Abraão e Deus de meu pai Isaque, ó SENHOR" (Gn 32.9).

Durante a época dos reis o tratamento predominante nas orações era sempre ao "SENHOR Deus". Embora, nessa época, os profetas usem "Ó Deus de Israel", "Ó salvador" e até "Ó Deus de meus pais". Ainda nesta mesma época a linguagem poética dos Salmos introduziu muitas expressões como, "Ó Deus de Israel", "Ó Senhor Deus dos exércitos", "Ó Deus de Jacó", "Ó Altíssimo" e outras mais raras.

Um judeu piedoso orava ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Entretanto, quando seus discípulos pediram a Jesus, que os ensinasse a orar, determinou que se dirigissem a Deus chamando-o de Pai.

Para o Judeu, Deus era pai no sentido de que todas as coisas se originaram nele. As profecias em que ele se chama de Pai, e a Israel de filho, eram, para eles, mais uma expressão de cuidado do que uma realidade concreta.

Certamente os discípulos de Jesus ficaram surpresos quando ele os mandou usar a palavra Abba (que era como uma criança de então se dirigia intimamente a seu pai). Essa surpresa chega até Paulo: "Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus" (Gl 4.3-7).

Somente em Cristo – somente os cristãos – aqueles que "não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” podem desfrutar dessa bênção impar. Pois: "a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (Jo 1.13 e 12).

Não desdenhemos nem desonremos tal privilégio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Louvado seja o nome do SENHOR pela grande benção de podermos chamá-lo de pai ou até papai, já que por meio de Cristo fomos adotados.
Pr Folton, que Deus o continue abençoando para que se mantenha firme e sendo uma benção para o povo de Deus que tanta necessita de boas fontes de aprendizado, como tem sido o seu blog. Deus o abençoe.

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