sexta-feira, 4 de março de 2011

Como Jesus vê suas Igrejas

O Senhor Jesus, como sacerdote e profeta, andando no meio de todas as Igrejas, determinou a João que escrevesse sete cartas a sete delas. Assim estaria escrevendo a todas, de todos os tempos e de todos os lugares, tal é a propriedade simbólica do número sete.

Entretanto, em cada uma das cartas há individualidade, pois cada igreja é conhecida intimamente.

Não há repreensão às igrejas de Esmirna e de Filadélfia, mas Jesus é claro em dizer que a única coisa que a igreja de Éfeso tinha a seu favor era o ódio que possuía aos nicolaítas. A favor da igreja de Pérgamo ele contara não lhe negar-lhe o nome, mesmo durante o martírio de Antipas. Já a igreja de Tiatira crescia em boas obras. A de Sardes possuía umas poucas pessoas que não se contaminaram. Entretanto, nada era favorável a igreja de Laodicéia. Ela era tão má que o Senhor sentia-se do lado de fora: excluído da ceia dela.

Irrepreensíveis, as igrejas de Esmirna e Filadélfia não tiveram erros apontados. Mas o erro da igreja de Éfeso foi ter abandonado seu primeiro amor. A de Pérgamo tolerou os que ensinavam as doutrinas de Balaão e dos nicolaítas. A de Tiatira deixava que uma autointitulada profetiza ensinasse e seduzisse os servos de Jesus a se prostituírem e comerem oferendas pagãs. Já a igreja de Sardes carecia de integridade no que apresentava a Deus e a de Laodicéia, de tão errada, provocava ânsias de vômito no Senhor.

A situação se inverte quanto vemos as qualidades destacadas por Jesus. Deixando de lado a Igreja de Laodicéia, em quem ele não vê qualquer uma - mas a amava ao ponto de declarar que a repreendia e disciplinava como prova de seu amor – na igreja de Éfeso ele destaca a perseverança. Na igreja de Esmirna, que se achava pobre, ele destaca a riqueza. Na igreja de Pérgamo, sediada onde estava o trono de Satanás, ele destaca firmeza, pois não negou a fé em meio a provações. Na de Tiatira viu algo a ser conservado e na igreja de Sardes, apesar de estar morta, atestou que ainda possuía algumas poucas pessoas dignas. Tendo tudo a seu favor a igreja de Filadélfia recebeu uma porta aberta diante de si que ninguém pôde nem poderá fechar.

Todas são alertadas a ouvir “o que o Espírito diz as igrejas”, mas cada uma recebe uma ameaça feita “sob medida”. A igreja de Éfeso é ameaçada de ser destruída. A de Esmirna foi advertida sobre “dez dias” de tribulação por vir. A de Pérgamo de ter seus membros infiéis perseguidos pelo próprio Jesus. A de Tiatira de ter seus membros infiéis perseguidos e mortos pelo Senhor Jesus. A de Sardes de receber uma correção surpresa do próprio Jesus. Filadélfia é admoestada a não por em risco sua coroa, e a de Laodicéia a humilhar-se e buscar nele - no próprio Jesus - riqueza, vestes e remédio para os olhos.

Muito só pode ser entendido à luz do contexto de cada igreja. Porém, o que quero colocar em destaque é: 1) Jesus tem direito de julgar se a Igreja está como ele quer. 2) A igreja tem o dever de conformar-se a vontade dele.

Nenhuma dessas igrejas existe mais. Aliás, nenhuma igreja do Novo Testamento existe mais (a menos que você considere o Vaticano como sucessor da igreja a quem Paulo escreveu a Carta aos Romanos. Se considerar tanto pior, pois ele terá muito que se corrigir para atender as demandas do Apóstolo naquela carta).

Como ameaçou a igreja de Éfeso Jesus fez à todas: Removeu o candeeiro. Destruiu!

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