sábado, 3 de setembro de 2011

Pecando contra a vida

Todo aquele que
sem motivo se irar contra seu irmão
estará sujeito a julgamento;
e quem proferir um insulto a seu irmão
estará sujeito a julgamento do tribunal;
e quem lhe chamar: Tolo,
estará sujeito ao inferno de fogo
(Mt 5.22).

Nascemos em pecado e não demoramos muito a externá-lo. Externamo-lo já em nossos primeiros dias, tão logo exigimos de nossa mãe cuidados que só as mães suportam. Ferimos seus seios enquanto ela nos nutre com seu leite e berramos quando ela demora em atender nossas necessidades.

Nosso Senhor e Mestre - a quem hoje se diz ser apenas amor e muito diferente do Deus iracundo do Velho Testamento - interpretando a proibição de matar nos ensinou, nas palavras em epígrafe, que não precisamos chegar ao ponto de tirar uma vida, basta que menosprezemos nosso próximo e já teremos cometido esse aspecto do pecado. Não há próximo mais próximo que nossa mãe.

Em nossa defesa diremos: Éramos bebê e não sabíamos que estávamos ferindo os seios de nossa mãe ao mamar com avidez. Ou: Não fizemos por maldade. Não tínhamos intenção. Se tivéssemos consciência jamais faríamos isso!

Todas as alegações acima são verdadeiras e todas procedem! É importante sabermos que a imensa maioria dos pecados não é cometida intencionalmente. Raramente atentamos contra a vida de alguém - na forma como Jesus interpretou - premeditada e friamente. Afinal, quem de nós decide perder a cabeça e ficar irado?

Mas o que pode ser visto no bebê, pode ser visto na criança, no adolescente e até no adulto. Ou você nunca viu uma criança irada com seus pais? Ou um adolescente que os xinga e deseja a morte deles? Ou um adulto que sonha em se livrar do fardo que seus velhos? Nesses casos dois pecados se somaram: contra os pais e contra a vida.

Mas, não pecamos apenas contra a vida de quem está mais próximo de nós. Podemos pecar também contra a vida do próximo que sequer vemos. Não é isso que acontece quando alguém polui o ambiente? Ou quando contamina alimentos, seja no plantio, na confecção deles, ou ainda ao servi-los.

Na verdade quando se atenta contra a saúde, de qualquer forma, através de qualquer meio, intencionalmente ou não, à luz das palavras de Jesus, se comete um atentado contra a vida.

Pecamos também contra nossa própria vida quando trabalhamos em excesso, corremos riscos desnecessários ou nos alimentamos errada ou exageradamente. Quando nos entregamos ao ócio, ou abusamos de medicamentos bem como negligenciamos os cuidados médicos.

Quando não estamos prontos a perdoar, a resolver conflitos a buscar a paz também matamos. Quando fazemos intrigas, acirramos discussões, “botamos lenha em fogueiras”, disseminamos discórdias e inimizados também matamos.

Quando não nos empenhamos pela vida em todos os seus aspectos seja no mundo, seja no lugar que vivemos ou no lar em que nos aconchegamos, pecamos contra Deus e contra a vida criada por ele.

Evitemos esses erros.

Um comentário:

Maurício Barbosa disse...

"Duro é esse discurso; quem o pode ouvir?"
"Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás."

Conhecedores e convencidos de nosso pecado só nos resta o corar de vergonha e suplicar a Deus por seu perdão.

Maurício

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