Engenharia é a
arte de fazer máquinas, estruturas ou processos. O engenheiro aplica
conhecimentos científicos e cria engenhos, trazendo melhor qualidade de vida. A
engenharia civil se dedica à construções. A elétrica à geração de eletricidade.
A mecânica à fabricação de máquinas e equipamentos. A genética à alteração de
genes. Etc.
Porém,
há algum tempo se tem falado muito em Engenharia Social. Eu não encontrei um
curso sequer com esse nome. Mas há uma definição interessante na Wikipédia: Em
Segurança da informação, chama-se Engenharia Social as práticas utilizadas
para obter acesso a informações importantes ou sigilosas em organizações ou
sistemas por meio da enganação ou exploração da confiança das pessoas.
Em
outras palavras: Engenharia Social é a arte de explorar a ingenuidade do
próximo. É o golpe (do vigário?) digital.
Exemplo
1: Todos os dias eu recebo, no endereço de nossa Igreja, vários e-mails
oferecendo coisas relacionadas às necessidades de uma Igreja qualquer (de
móveis até cálices para Santa Ceia). Mas chegam também e-mails anunciando o
“Novo Louvor (sic) de Fransciskelvin em 2 Cds pelo preço de um” ou o “Curso de
Profecias e Louvor Profético”. Não preciso dizer que sequer abro tais e-mails e
qual botão aperto. Junto com eles, insistentemente aparecem e-mails intitulados
“Atualize seus dados Junto ao Banco Fulano” (sendo que nem eu, nem a Igreja,
somos correntistas desse banco), ou o que é pior: “Pastor, veja o que suas
ovelhas aprontaram! Clique nas fotos”.
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de produtos, seja CDs ou sal grosso (já anunciaram) é o mesmo que aqueles
papeizinhos que entulham nossa caixa de correio e nos obrigam a levá-los pro
lixo. Já o pedido de atualização de dados, se eu fosse correntista do banco
citado, e resolvesse responder, certamente estaria sendo vítima da tal
Engenharia Social. O mesmo aconteceria se eu clicasse nas fotos. Os dois casos
colocariam meu computador em risco e com ele todos os demais que compartilham a
mesma rede.
Exemplo
2: Você está em um pretenso culto evangélico e ouve “Deus está me revelando que
alguém aqui está com dor na coluna (ou dor na cabeça, etc.)”. É o mesmo
princípio pois estatisticamente em um grupo de 100 pessoas algumas sentirão
tais problemas.
Resumindo.
O “engenheiro social” é o enganador. É quem se amolda à situação para tirar o
maior proveito possível dela (geralmente financeiro). Sobre eles já fomos
advertidos em muitos lugares. Veja:
O
apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo, disse que chegaria o tempo em que tais
pessoas seriam até buscadas: “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que
há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a
palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com
toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã
doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de
mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos
ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu,
porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um
evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (2Tm 4.1-5).
E
Judas nos alertou sobre a desfaçatez deles: “Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de
fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si
mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em
plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas;
ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades; estrelas
errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre”
(Jd 12e13).
A
única coisa que nos podemos fazer é ter cautela.
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