Nunca meus lábios cessarão, ó Cristo,
De bendizer-te, de cantar-te glória;
Pois guardo na alma teu amor imenso:
Grata memória!
Agradecido, pelo amor sem par que meu Senhor revelou na cruz, preparei-me antecipadamente para relembrar sua última semana, pois a importância desta semana na História de Redenção é realçada pela atenção que todos os evangelistas lhe deram.
Reverentemente e grato acompanhei dia-a-dia essa semana esforçando-me para entender o que aconteceu em cada dia e como tais acontecimentos me afetam hoje.
Fui alertado pela figueira infrutífera, que, apesar de folhuda, amaldiçoada pelo Senhor secou-se. E este alerta agravou-se quando vi sua ira contra os que vilipendiavam o templo.
Ouvi, triste e assustado, todos os ais e imprecações que o Senhor verberou contra os líderes religiosos hipócritas que se preocupavam com os mosquitos e engoliam camelos.
Mantenho vivas as advertências que o Senhor fez sobre o futuro e, embora saiba que a maioria já se cumpriu aguardo com sofreguidão o cumprimento de parte delas.
Aprendi o quanto é fácil desperceber o que está acontecendo, e discutir com companheiros do mesmo serviço, com discípulos do mesmo Mestre, quem de nós é o maior, e entendi o gesto do Senhor, que enrolado em um toalha lavava-lhas os pés prestando-lhes o serviço de um escravo.
Chorei - como sempre faço ao repetir o ato do Senhor - lendo como ele repartiu seu corpo e seu sangue a pessoas tão indignas quanto eu.
Condoí-me de Pedro; e alertei-me mais sobre a facilidade que cada um de nós tem de negar o Senhor, diante da menor ameaça.
Alegrei-me com Madalena ao saber que o Senhor não ficou na tumba, mas ressurgiu vitorioso.
Exultei ao escutar o Senhor dizer a Tomé que mais bem-aventurado são aqueles que não o viram e creram.
- * -
Hoje, me preparo para, na próxima quinta-feira, avivar na mente o que aconteceu 1978 anos atrás, em Betânia, quando o Senhor foi elevado aos céus diante dos olhos de seus discípulos, que receberam a promessa de dois anjos que ele haveria de vir do mesmo modo como o viram subindo ao céu.
Era o encerramento de seu ministério terrestre, em que esvaziado dos atributos que o impediam de ser um de nós, tomou sobre si as nossas dores e sarou-nos por suas chagas.
Não sabemos a que hora do dia aconteceu. Mas sabemos que ele retornou para o mesmo lugar de onde veio. Saiu de tudo aquilo que criara e retomou a glória que tivera com o Pai antes de haver mundo.
Sendo um de nós, no corpo adquirido de Maria – do qual nunca se separará – sentou-se à destra do Pai, e reina “até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés” e “o último inimigo a ser destruído é a morte”.
De lá, juntamente com o Pai, enviou o Espírito Santo à Igreja, e por meio dele, está presente com dois ou três que estiverem reunidos em seu nome cantando louvores ao Pai, e capacitando-os a viver, não mediante as obras da carne, mas frutificando conforme foram designados.
Concedeu presentes à Igreja que resgatou com seu sangue: ofícios e respectivos oficiais. Estes, guiados pelo Espírito Santo, apascentam seu rebanho - a Igreja - conforme sua vontade, mediante os dons que dele receberam.
Se a Redenção foi concluída na Cruz, como atesta seu brado: “está consumado”, seu ministério terrestre, que foi iniciado com os anjos anunciando a pastores de ovelhas seu nascimento, terminou quando eles anunciaram a pastores de almas que, como ele subiu, um dia voltará.
Que ele volte logo. Maranatha!
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