sábado, 6 de junho de 2009

Presbíteros e diáconos

As primeiras capacitações concedidas à Igreja a partir do Pentecostes foram anunciar as grandezas de Deus em outros idiomas e a intrepidez para fazê-lo.

Não custa repetir, apesar de ser óbvio, que eles necessitariam falar outros idiomas, quando saíssem mundo afora, cumprindo a Grande Comissão recebida do Senhor Jesus. Isso foi suprido.

Também, não custa repetir o quando era difícil para alguém nascido na Galiléia, sequer pensar em ir a outros países, e, pior, anunciar uma mensagem completamente descontextualizada.

Talvez isso explique a razão de muitos se aferrarem ao ambiente judaico ao ponto de terem por necessário primeiro tornar-se judeu para depois tornar-se cristão. Eram os judaizantes, que tantos problemas causaram à Igreja a ponto de obrigarem-na a deixar de lado, por algum tempo, sua missão natural e reunir-se em Concílio.

Entre esses dois momentos - o Dia de Pentecostes, e o Concílio de Jerusalém - vemos, no relato de Lucas, que surgiram os oficiais que até hoje são objeto dos cuidados da Igreja de Cristo.

A princípio havia apenas apóstolos. Parece que contavam com alguns auxiliares. Por exemplo: o sepultamento de Ananias e de Safira foi feito por quem Lucas chama de apenas de “moços”. Entretanto, quando houve necessidade de uma assistência mais consistente, promoveram a escolha de 7 homens: os diáconos.

A primeira menção do termo presbítero - tecnicamente falando, pois essa palavra pode também ser traduzida por ancião - acontece em Atos 11.30 quando a igreja de Antioquia resolve “enviar socorro aos irmãos que moravam na Judéia; o que eles, com efeito, fizeram, enviando-o aos presbíteros por intermédio de Barnabé e de Saulo”.

Em sua primeira viagem missionária, Paulo, não obstante tenha deixado igrejas em diversas cidades, foi maltratado em quase todas, e na última foi apedrejado e arrastado para fora da cidade, dado como morto. Entretanto recuperou-se. E, apesar de estar próximo de onde começara sua viagem, voltou passando pelas cidades hostis e em cada uma promoveu a eleição de presbíteros.

No Concílio de Jerusalém as igrejas dos diversos lugares foram representadas por presbíteros, os quais foram recebidos pelos presbíteros da igreja de Jerusalém e ambos participaram dos debates e da decisão do concílio em pé de igualdade com os Apóstolos.

Os presbíteros de Éfeso receberam a ordem de pastorearem o rebanho de Deus, e a instrução de que Deus os colocou por bispos.

Timóteo é instruído sobre os presbíteros que se “afadigam na palavra e no ensino”.

Tito é enviado por Paulo às igrejas de Creta com o objetivo de por as coisas em ordem e em cada cidade constituir presbíteros.

Tiago encarrega os presbíteros de visitarem os doentes. Orarem por eles e os medicarem.

Pedro e João, reconhecidamente apóstolos, identificavam-se em cartas como presbíteros.

No dia de Pentecostes o Espírito Santo já encontrou os apóstolos escolhidos pelo Senhor Jesus e os capacitou a desempenharem suas respectivas missões. Mas, à medida que a Igreja se estruturava, espalhando-se mundo afora, sem contar com a presença dos apóstolos todo o tempo em todos os lugares, o mesmo Espírito suscitou homens que a pastoreasse: diáconos e presbíteros.

Os diáconos sempre aparecem mais relacionados com as necessidades materiais e com suas respectivas igrejas. À exceção de Estêvão e Felipe.

Os presbíteros recebem o encargo de visitação de enfermos, de afadigar-se na palavra e no ensino, e de supervisionarem (episcopado). Portanto, contextos mais abrangentes.

Sobre ambos pesa a responsabilidade enorme dada pelo Senhor da Igreja: “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho” (1Pe 5.1-3).

Sobre ambos pesa, muitas vezes, o desânimo que vem com a desconfiança e a rebeldia natural de corações pecaminosos que se esquecem das ordens do Senhor da Igreja: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros” (Hb 13.7).

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenho feito pesquisas sobre as funções de Diacono e Presbiteros, e dentro do já li, pude conluir que essas funções teem como cunho maior a adminstraçao da igreja. concordo som suas palavras e vejo coerencia.

Pode um Cristão ser “Esquerdista”?

1º - Se for presbiteriano (membro da Igreja Presbiteriana do Brasil) não pode, pois o Concílio Maior desta denominação já condenou diversas...