Ainda
no colégio aprendi que toda ação produz uma reação igual em
sentido oposto. Por isso, quando se solta o ar de um balão ele vai
pro lado contrário à saída do ar. O mesmo acontece com a turbina
de um avião e com tudo que produz qualquer tipo de força em uma
direção determinada. Porém, a reação é sempre igual a ação.
Entretanto,
essa igualdade é própria do “mundo físico”. No mundo
espiritual, como também no meio social, a reação, na grande
maioria das vezes, é maior. Por exemplo, as vinganças: geralmente o
vingador tende a exagerar. Essa é a razão básica do “olho por
olho, dente por dente”. Diferentemente do que se pensa, esta lei
não obrigava a que houvesse sempre uma reação, mas a limitava. E
não foi dada primariamente às pessoas, mas aos juízes. Ou seja:
seu objetivo primeiro era coibir os excessos.
Ao
longo de toda Bíblia vemos muitas alusões à correspondência entre
a entre a ação e a reação, numa espécie de relação de causa e
efeito. Tanto positiva quanto negativamente.
Os
resultados do anúncio do Evangelho, segundo nosso Senhor Jesus
Cristo, são como a semente plantada. Dão frutos a cem, a sessenta e
a trinta por um. Ou seja: para cada semente plantada haverá o
nascimento de, pelo menos de outras 30: um crescimento de, pelo
menos, 3.000% (Mateus 13.23).
Semelhantemente,
o Reino de Deus é como a semente de mostarda: a menor de todas as
sementes, que se transforma na maior de todas as hortaliças (Marcos
4.31-33).
Muitos
séculos antes o salmista já usava a semeadura para exemplificar as
bênçãos do Senhor: semeia-se com lágrimas, mas a colheita é
feita com júbilo. Semeia-se uma simples semente, colhem-se feixes
(Salmo 126-5-6). Mas o profeta Ageu nos ensina que, distantes de
Deus, semeamos muito e recolhemos pouco (Ageu.5-7).
Porém,
o apóstolo Paulo, lembra-nos da relação essencial entre a semente
a planta, quando nos diz que se colhe exatamente o que se semeou e
que é possível semear o bem ou o mal (Gálatas 6.7-8).
E,
como o Evangelho ou o Reino de Deus, que se multiplica com a
semeadura, o mal também. O profeta Oséias é quem nos adverte
dizendo: “Arastes
a malícia, colhestes a perversidade” (Oséias 10.13).
Ou ainda: “Porque
semeiam ventos e colherão tempestades” (8.7).
Hoje
estamos colhendo os frutos amargos das sementes lançadas por nossos
pais, e ao mesmo tempo estamos semeando sementes piores, que serão
colhidas por nossos filhos. Se não quisermos colher tempestades não
semeemos ventos. Não semeemos malícia e não colheremos
perversidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário