sábado, 21 de junho de 2014

Semear e colher

Ainda no colégio aprendi que toda ação produz uma reação igual em sentido oposto. Por isso, quando se solta o ar de um balão ele vai pro lado contrário à saída do ar. O mesmo acontece com a turbina de um avião e com tudo que produz qualquer tipo de força em uma direção determinada. Porém, a reação é sempre igual a ação.
Entretanto, essa igualdade é própria do “mundo físico”. No mundo espiritual, como também no meio social, a reação, na grande maioria das vezes, é maior. Por exemplo, as vinganças: geralmente o vingador tende a exagerar. Essa é a razão básica do “olho por olho, dente por dente”. Diferentemente do que se pensa, esta lei não obrigava a que houvesse sempre uma reação, mas a limitava. E não foi dada primariamente às pessoas, mas aos juízes. Ou seja: seu objetivo primeiro era coibir os excessos.
Ao longo de toda Bíblia vemos muitas alusões à correspondência entre a entre a ação e a reação, numa espécie de relação de causa e efeito. Tanto positiva quanto negativamente.
Os resultados do anúncio do Evangelho, segundo nosso Senhor Jesus Cristo, são como a semente plantada. Dão frutos a cem, a sessenta e a trinta por um. Ou seja: para cada semente plantada haverá o nascimento de, pelo menos de outras 30: um crescimento de, pelo menos, 3.000% (Mateus 13.23).
Semelhantemente, o Reino de Deus é como a semente de mostarda: a menor de todas as sementes, que se transforma na maior de todas as hortaliças (Marcos 4.31-33).
Muitos séculos antes o salmista já usava a semeadura para exemplificar as bênçãos do Senhor: semeia-se com lágrimas, mas a colheita é feita com júbilo. Semeia-se uma simples semente, colhem-se feixes (Salmo 126-5-6). Mas o profeta Ageu nos ensina que, distantes de Deus, semeamos muito e recolhemos pouco (Ageu.5-7).
Porém, o apóstolo Paulo, lembra-nos da relação essencial entre a semente a planta, quando nos diz que se colhe exatamente o que se semeou e que é possível semear o bem ou o mal (Gálatas 6.7-8).
E, como o Evangelho ou o Reino de Deus, que se multiplica com a semeadura, o mal também. O profeta Oséias é quem nos adverte dizendo: Arastes a malícia, colhestes a perversidade” (Oséias 10.13). Ou ainda: Porque semeiam ventos e colherão tempestades” (8.7).
Hoje estamos colhendo os frutos amargos das sementes lançadas por nossos pais, e ao mesmo tempo estamos semeando sementes piores, que serão colhidas por nossos filhos. Se não quisermos colher tempestades não semeemos ventos. Não semeemos malícia e não colheremos perversidade.

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