terça-feira, 11 de julho de 2006

Os oficiais da Igreja (Parte 2)

No Boletim de domingo passado mostrei que os oficiais da Igreja são presentes dados por Deus a seu povo. Hoje chamo sua atenção para que, ao dar tais presentes, Deus tem intenções determinadas: são “presentes úteis”.

1. São úteis para a Igreja: Deus visa o bem de seu rebanho como um todo. Devem ser capazes de levar o rebanho à águas tranqüilas e à pastos verdes. Devem ser capazes de afugentar os lobos vorazes e não fugir deles como fazem os mercenários. Como nos ensinou nosso Senhor e Mestre:
“O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas (Jo 10.11-13).

É claro que o Senhor estava falando de si mesmo, mas este é o modelo para aqueles que tem sob seus cuidados o rebanho de Deus.

Porém, são úteis também na repreensão aos erros que se propagam no rebanho. Às vezes devem “curar” uma doença que já contaminou grande parte do rebanho.

2. São úteis para as ovelhas individualmente: Espera-se dos oficiais que pastoreiam o rebanho do Senhor, que saibam cuidar também de cada ovelha. Afinal o que quer dizer com “apto para ensinar”? Ou por que é que exige-se que ele governe bem sua própria casa? Que traga seus filhos sob controle?

Como acontece à coletividade, a repreensão e a disciplina dos pastores deve chegar a cada ovelha em particular: corrigir as que ainda podem ser corrigidas e isolar as que podem transmitir infecções ao restante do rebanho.

Entretanto, a utilidade dos oficiais esbarra na:
1. A frouxidão do exercício das obrigações. Apesar de advertidos da maldição de Deus sobre os que fazem sua obra relaxadamente, tem sido cada vez mais difícil ver um que ame a Deus mais do que às ovelhas. E por amá-las tanto tolera seus erros, contemporiza suas desobediências e algumas vezes até elogia a ovelha que, de caso pensado, rebela-se contra a vontade do dono do rebanho.

Deve ser diferente: “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas".

Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério. (2 Ti 4.2-5).

2. A “dura cerviz” do rebanho: Como parece ser fácil, muitos querem ser oficiais. “Excelente obra almejam”! Porém é necessário que preencham uma série de qualidades (veja todas em 1Tm 3).

Como organização sui generis a Igreja parece as vezes com uma associação, outras vezes com uma empresa ou com um clube. Entretanto ela não pode ser dirigida assim. Seu único propósito é adorar a Deus. Sua única força reside no poder do Espírito. Seu único manual de operações é a Bíblia.

Você está disposto a fazer a vontade de Deus? Permita que seus irmãos reconheçam em você alguém chamado e apto para pastorear o rebanho do Senhor. E pastoreie-o!

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