quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Obras de justiça

No boletim de domingo passado, comparando os dois sermões de nosso Senhor, precisei usar a expressão, “obras de justiça” para esclarecer as palavras do Senhor a respeito de oração, jejum e esmolas.

Os judeus conheciam justiça como conhecemos hoje. Ou seja: agir de modo igual quando diante de opções iguais e agir de modo diferente quando diante de opções diferentes. Conheciam também os diversos “níveis” em que isso ocorria.

O nível formal, equivalente ao que hoje chamaríamos de justiça comum, se dava mediante reunião dos mais velhos à porta da cidade: o local mais público, onde todos eram obrigados a passar.

Você se lembra do marido da mulher virtuosa do Livro dos Provérbios? Ele se assentava com os anciãos à porta. Isso quer dizer que ele era um dos juizes da comunidade em que vivia.

Julgavam as questões triviais e as flagrantes. Quando o caso era mais difícil enviava-se ao Sinédrio – órgão originado naqueles 70 homens que ajudavam Moisés e que condenou o Senhor à morte – que funcionava no dia-a-dia com 21 membros, mas em caso de pena capital demandava quorum sobre os setenta.

Já o nível informal era muito semelhante ao que conhecemos e exercemos hoje: pais julgando queixas de filhos, chefes de subalternos, etc.

Porém havia um aspecto, mais antigo, que também era chamado de justiça, para o qual não temos paralelo hoje. Foi a ele que o Senhor se referiu.

Para o judeu daqueles dias, o que hoje chamaríamos de exercer cidadania era o mesmo que “justiçar” a sociedade. Justiçar no sentido de torná-la mais justa, de corrigir suas injustiças. Um pouco menos abrangente do que o conceito cristão de justificação, mas já relacionado.

Essa idéia fica mais clara quando vemos o caso de Abraão: “Acaso destruirás o justo com o ímpio”? Ele pergunta ao SENHOR. Após longa barganha o SENHOR lhe declara que pouparia Sodoma e Gomorra se lá houvesse 10 justos. Parece que só havia o “justo Ló” (como é chamado por Pedro) e a destruição foi total.

Dentro do conceito judeu, portanto, as obras de 10 justos, aos olhos de Deus, valiam mais, eram mais importantes, suplantavam, do que os pecados de cidades como essas.

Muito provavelmente tenha sido nessa experiência que se estabeleceu o "Minnian", quorum necessário a qualquer reunião religiosa judaica, que foi reduzido por nosso Senhor quando declarou que estaria presente onde houvesse 2 ou 3 reunidos em seu nome.

Mas, voltando ao assunto; para o judeu, portanto, orar, jejuar e dar esmolas era algo que aumentava o “grau de justiça” de uma comunidade diante de Deus. Eram obras de justiça.

Ora, a advertência de nosso Senhor ganha outro relevo quando notamos que todos os que faziam questão de “exercer justiça” diante dos homens, na verdade estavam louvando-se a si próprios ao deixarem subentendido que Deus ainda tolerava aquele lugar devido as obras de justiça que eles praticavam. Daí a ordem para fazê-las em secreto.

Entretanto, as palavras do Senhor não são apenas para judeus. Seu sermão exprime a vontade do Pai para todos. Porém ele próprio é quem atribuirá justiça, redimindo a criação com o sacrifício de si mesmo.

Isto serve-nos de consolo, pois jamais, por mais puras que sejam nossas devoções, ou “atos de justiça” jamais justificaríamos, diante de Deus, sequer a nós mesmos, quanto mais a comunidade em que vivemos. Porém, torna-se interessante saber que, ao fazermos o que hoje chamamos de hora devocional como louvor secreto ao nosso Pai Celeste, estamos imitando o Senhor como filhos amados.

domingo, 28 de janeiro de 2007

Do monte ao templo

Durante seu ministério nosso Senhor encontrou-se com os mais variados tipos de pessoas, e o evangelista João disse que “não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana.”

Um dia, cercado de gente, subiu para uma posição mais alta da encosta do monte em que estavam, e ali mesmo, ao ar livre, mostrou quem são os súditos de seu reino.

Primeiramente os caracterizou como bem-aventurados por serem humildes de espírito, por chorarem, serem mansos, sentirem fome e sede de justiça, serem misericordiosos, serem limpos de coração, pacificadores e perseguidos por seus “atos de justiça”. Não obstante, como o sal e a luz, influenciam sem serem influenciados.

Em segundo lugar, mostrou a que lei estão sujeitos: à que é mais estável e duradoura do que os céus e a terra e está escrita nos corações: Eles sequer pensam em matar ou adulterar ou dizer sim quando querem dizer não. E, como imitadores de Deus, fazem o bem a seus perseguidores.
Em terceiro lugar, descreveu seus “atos de justiça”: Jamais dão esmolas, oram ou jejuam para que os outros vejam. Fazem-no em segredo, e este segredo também louva a Deus.

Em quarto lugar, relacionou o que eles não fazem: não juntam tesouros sobre a terra, não andam ansiosos pela própria vida, não julgam temerariamente, nem desperdiçam os dons de Deus com quem desdenha deles.

Em quinto lugar, sucintamente, disse o que eles fazem: gastam-se em oração, preferem o caminho estreito de Deus e acautelam-se dos falsos profetas.

E, finalmente, constroem suas vidas sobre estes ensinos.

Tempos depois, no templo, próximo da morte, rodeado por muitos inimigos, ele substituiu as “bem-aventuranças” por “ais”.

Dirigindo-se aos escribas e fariseus, do mesmo modo que caracterizou seus súditos pela fronte (a fé, ou doutrina em que crêem) e pela mão direita (a ética, ou prática do dia-a-dia), passa a caracterizá-los como súditos de outro reino: o reino das trevas. Ai deles, pois:

Trocaram a bem-aventurança diante de Deus pela admiração diante dos homens. Dizem o que os outros devem fazer, mas, eles mesmos, não fazem. E, se porventura fizerem, fazem com o objetivo de “serem vistos pelos homens”, pois amam os lugares de destaque, e serem exaltados.

Tomaram nas mãos – como se pudessem – o reino de Deus. Não entram nem deixam entrar.

Exploram os carentes usando o engano das orações compridas e pomposas.

Fazem missões em países distante, mas ensinam o erro que leva duas vezes mais rápido ao inferno.

Garantem que respeitam a Deus. Entretanto desrespeitam o que é consagrado a ele.

São dizimistas fidelíssimos, mas negligenciam a justiça, a misericórdia e a fé. Coam mosquitos e engolem camelos.

Preocupam-se mais com a aparência de santidade do que com uma vida realmente santa.

Não perdem uma oportunidade de homenagear ou bajular, mesmo que isso mostre seus erros.

No monte, os que nada são aos olhos do mundo. Mas, como são cidadãos do reino de Deus, não fazem sua própria vontade. Constroem suas casas sobre a pedra.

No templo, os que recebem a admiração do povo pois sabem como enganá-los com a belas casas construídas na facilidade da areia, conforme a própria vontade.

Se não conseguem fugir do olhar penetrante de Deus como escaparão “da condenação do inferno”?

Ai deles!

domingo, 21 de janeiro de 2007

Continuaremos calados?

Recebi, juntamente com diversos pastores, um texto escrito pelo Pastor Batista Isaltino Gomes em que ele se mostra espantado com o "silêncio sepulcral" dos evangélicos brasileiros, frente à prisão do apóstolo e da bispa.

Ele tem razão. Estamos errados em ficar calados.

Tempos depois de fundada pelo Apóstolo Paulo, a Igreja de Éfeso recebeu do próprio Senhor, através da pena do Apóstolo João, uma carta com a reclamação: “esqueceste o teu primeiro amor” e uma ordem: "levanta-te de onde caíste, arrepende-te e volta a prática das primeiras obras". A mesma carta, continha também alguns elogios, e, dentre eles, um se destaca: “puseste a prova os que a si mesmo se declaram apóstolos e não são, e os achastes mentirosos”.
Será que nós, evangélicos brasileiros, estamos em pior situação do que a Igreja de Éfeso? Será que a um elogio como este fazemos jus?

Por que razão ficamos calados diante dos absurdos soltos em nosso meio? Vendem fronhas ungidas que garantem sonhos proféticos, o direito de se trocar de anjo da guarda, kits de beleza da rainha Ester. O que mais? Há fim nessa lista?

Não foram práticas como essas que geraram 7 malas cheias de dinheiro (afinal, em que deu isso?)? Não foram esses absurdos que levaram às práticas pelas quais, agora, o outro ministro de Deus, seu vingador, o magistrado civil, ameaça com prisão? Mas, principalmente, não foi por coisas semelhantes que nossos irmãos do Século 16 resolveram protestar?

Diriam em contrário: “Mas hoje ainda se vê em tais lugares vestígios do Evangelho de Cristo”. Também se via na igreja do século 16, não obstante nossos pais não se conformaram nem ficaram calados.

Diriam ainda: “Eu tenho amigos lá e lá estão meus filhos”. Mais uma razão para falar, pois nossos mais queridos estão sendo enganados com nossa conivência silenciosa.

Ousemos discordar. Não sejamos coniventes com o erro. Mais importante do que o evangélicos serem um grupo politicamente coeso é serem um grupo que faz a vontade daquele que o remiu com seu sangue. Toda a proteção que eventualmente a política der ao povo evangélico será nada se nos encontrarmos desprotegidos diante daquele que não tolera iniqüidade associada a ajuntamento solene.

Voltemos a simplicidade dos Evangelhos. Abandonemos essas praticas sincréticas que são verdadeiros ‘caldos de cultura’ onde prolifera toda espécie de superstição, e nos lembremos de como o Senhor nos advertiu sobre falsos profetas e falsos mestres: Eles se disfarçariam de ovelhas ao ponto de lhe jogarem na face terem feito, milagres, profecias e expulsado demônios em seu santo nome.

Fizeram. Fizeram tudo isto e muito mais: com palavras fictícias fizeram comércio do rebanho dele.

O cristianismo, desde suas origens, está umbilicalmente ligado à palavra escrita. Na antiga aliança era obrigação de cada família ter em casa um descendente de Levi a fim de ensinar-lhes a lei de Deus. Uma em doze tribos não tinha herança. Vivia entre seus irmãos para cumprir este mister. Era como se cada família possuísse um professor particular.

A ignorância é uma das maiores inimigas do povo de Deus. Alicerçado nela, inventando visões, e coisas semelhantes, é que os falsos mestres, profetas e apóstolos dominam o rebanho. Dominando, vendem-no. Vendendo-o, devoram-no.

sábado, 13 de janeiro de 2007

Do deserto ao jardim

Aos 30 anos, antes de iniciar seu ministério público, nosso Senhor foi levado pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado.

Lá, sozinho, após quarenta dias de jejum, sofreu três investidas do Maligno. Todas visavam incutir-lhe dúvidas sobre sua natureza divina propondo satisfações peculiares à sua natureza humana.

Diferentemente de Adão que, saciado, em um jardim, sucumbiu à primeira investida com o oferecimento de uma fruta (que em si era como outra qualquer, mas que representaria muito bem sua obediência implícita às ordens do Criador), o Senhor, no deserto, faminto, venceu a todas investidas com o auxílio das Sagradas Escrituras.

Três anos depois, no Jardim do Getsêmani, apesar de ter levado consigo seus Apóstolos mais íntimos, ele estava novamente sozinho: o sono deles era mais forte. Lá ele ficou em angústia por algumas horas. Lá quem o atacou não foi o inimigo. Foi o pavor.

Esvaziado de alguns de seus atributos divinos, ele temeu a ira do Pai que breve cairia sobre si em toda intensidade. Ele sabia que teria de enfrentá-la sozinho. Afinal seria a ira do único com quem contava, do único cuja vontade lhe era mais agradável do que comida ou bebida.

No deserto, fez o que Adão deixou de fazer: obedeceu. Tornou-se na prática o segundo Adão, no qual todos aqueles que o Pai lhe deu estão representados. No Jardim fez o que homem algum poderia fazer: submeteu-se: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres (Mt 26.9)”. O Pai não o passou. Ele o sorveu até as escórias. Porém, o cálice não era dele. Era meu.

Curiosamente o escritor da Carta aos Hebreus diz que ele foi atendido. O Pai o atendeu, não suprimindo-lhe a cruz, mas dando-lhe vitória sobre ela ao ressuscitá-lo.

No deserto ou no jardim fez a vontade do Pai. No deserto fez o que Adão não conseguiu, no jardim, preparou-se para fazer, na cruz, o que era devido a todos os que o Pai lhe deu.

No deserto, fome, solidão e as três investidas do inimigo. No jardim, após a última ceia, solidão (dos que, no espírito estavam prontos, mas, na carne, eram fracos), dor, medo e pavor de, feito pecado por nós, da horrível coisa que é “cair nas mãos do Deus vivo”.

Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor (Hb 12.28e29).

sábado, 6 de janeiro de 2007

"Do Egito chamei meu Filho"

Há algumas coisas no Evangelho escrito por Mateus, que me impressionam. Por exemplo, os textos paralelos. O primeiro assunto que ele aborda é a genealogia de Jesus e o último é sua “grande comissão”. No primeiro está latente a idéia “desde o início até hoje” e no segundo “de hoje até a consumação dos séculos”.

Mas não para aí. O segundo assunto é o nascimento de Jesus. Mas, diferentemente de que Lucas fez, Mateus não descreve os acontecimentos. Ele apenas diz: Jesus nasceu. E o penúltimo assunto, como um reflexo em um espelho, também não detalha, mas garante: ele ressuscitou.

Mateus é o único evangelista a falar dos magos, que trouxeram presentes para testemunhar o nascimento de Jesus. Mateus é também o único evangelista a falar dos guardas que recebem suborno para não testemunharem que ele ressuscitou.

Aos perigos que levaram Jesus a morte Mateus contrapõe aos perigos que o levaram ao exílio no Egito. E aqui aborda-se indiretamente um assunto tão rico como resumido: “e lá ficou até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio do profeta: Do Egito chamei o meu Filho” Mt 2.15.

Milhares de anos antes, por diversas causas, mas especialmente por sonhos, José, filho de Jacó, para não ser morto por seus próprios irmãos, foi vendido como escravo às caravanas que iam para o Egito. Agora, outro José, o pai de Jesus, para seu filho não ser morto por Herodes, advertido em sonhos, leva-o para o Egito.

O primeiro José vai para lá ainda jovem e morre lá depois de tornar-se o braço direito do Faraó. O segundo José volta logo que Herodes morreu. Se levou o menino com quase 2 anos o trouxe de volta aos 5 ou 6 anos.

Do primeiro José sabemos muitas coisas. Inclusive que os descendentes de seu Pai de 70 transformaram-se em, no mínimo, 1.500.000 pessoas. Peregrinaram 40 anos no deserto guiados por Moisés e tomaram posse da terra que Deus havia prometido a Abraão: o ancestral maior.

De José, pai de Jesus, nada sabemos do que aconteceu lá. Apenas que voltou sigilosamente e não pode morar em sua própria terra pois era governada por um filho de Herodes.

Toda nação de Israel, seu sofrimento no Egito, sua peregrinação no deserto, foi interpretado por Mateus como um tipo do que aconteceria ao Redentor: do Egito chamei meu filho.

A própria essência do que é a verdadeira profecia é revelada aqui. Deus não deixou que o profeta visse antecipadamente o que fatalmente aconteceria ou ele faria quando chegasse o tempo certo, mas disse antecipadamente ao profeta como é que ele construiria o futuro.

Impérios são formados e extintos, povos crescem, dominam, diminuem e desaparecem, milhões nascem e milhões morrem, nações como gotas que caem de um balde de água, ilhas são tidas como pó, a humanidade como a erva que de manhã viceja e floresce e de tarde murcha e seca. Ou seja: Passa-se o céu, passa-se a terra, mas a Palavra do Senhor permanece eternamente.

Sua Palavra encarnou-se. Tomou nossa natureza. Sendo assim o próprio mundo passa, bem como sua concupiscência, mas o que faz a vontade do Senhor permanece para sempre.

Permanece para sempre porque sua Palavra assim o diz. Aleluia!

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Bons Princípios

No distante ano de 1978, quando fui viver em São Paulo, me assustei com a campainha do portão tocando logo cedo. Eu já estava acordado: Seu Mário, meu vizinho, havia gritado tão alto com alguém, que acordei assustado pois ele era a calma em pessoa.

Como a campainha continuava a ser tocada, saí de casa e desci os três lances de escada até o portão. Encontrei uns três ou quatro meninos falando ao mesmo tempo.

- Tio, me deseja bons princípios!

Entendi os gritos de Seu Mário, cuja casa também tinha escadas e ainda era bem cedo de 1º de janeiro de 1979.

Nunca havia sido chamado de tio – sou filho único – nem sabia o que era “desejar bons princípios”.

Inocentemente disse aos meninos: - Bons princípios!

- Não! Gritaram. - Dá um trocadinho.

- Ah! Bons princípios é a mesma coisa que um trocadinho?

- Claro! Respondeu o mais esperto – que não era o maior – como é que a gente vai começar bem sem dinheiro?

Fazia sentido. O que não fazia sentido era ter sido acordado poucas horas depois de ter ido dormir por um bando de pirralhos pedindo dinheiro. Disse que não podia dar: - Quem sabe no próximo ano.

No fundo esses garotos estavam pondo em prática algo que aprenderam em casa, e, que, querendo ou não, todos nós concordamos. Lembra-se da música? “Adeus ano velho, feliz ano novo ... muito dinheiro no bolso...”.

Hoje pedimos a Deus que nos dê mais dinheiro. E ainda que alguns não gostem de fazê-lo, não há a menor diferença entre isso e o que nossos antepassados faziam ao orar por boas safras, bom clima e por estações bem definidas (Aliás o Diretório Litúrgico de Westminster, que nossa Igreja resumiu nos Princípios de Liturgia, obrigava os pastores orar por esse assunto em todos os cultos).

Eles viviam diretamente da terra, e da terra tiravam diretamente o que ia para suas mesas.

Nós, precisamos de um intermediário: o dinheiro. Sem ele não compramos o produto da terra.

Mas, por que no começo do ano?

Tem algo a ver com a idéia de começar bem. Idéia que não é totalmente anti-bíblica, pois na Antiga Aliança consagrávamos ao SENHOR, os primogênitos e as primícias, e Deus nos ensina através do Apóstolo Paulo que “se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade; se for santa a raiz, também os ramos o serão”. (Romanos 11.16)

Portanto, desejo a todos um bom princípio de ano. Não como aqueles garotos inoportunos que procuravam a caridade alheia, mas debaixo das bênçãos do Senhor.

Estou certo de que a importância de ser o começo do ano é mais simbólica do que real.

Entretanto, espero também que não fiquemos apenas com a esperança e as “boas resoluções” do primeiro dia do ano novo. Pelo contrário: trabalhemos em cada dia de 2007 buscando em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça.