sábado, 29 de novembro de 2014

Despedidas

Os diversos relatos de despedidas contidos na Bíblia, por mais pungentes que sejam, são feitos com sobriedade. Quem de nós não sentiu, entre as linhas do texto, a dor do velho Abraão ao ser obrigado a despedir Agar e a seu primogênito Ismael? Ou quem não surpreendeu-se com a pronta decisão de Rebeca em acompanhar Eleazar e despedir-se de sua família?

De fato, as despedidas são momentos muito mais ricos do que as chegadas. Nelas, ainda que não percebamos, fazemos uma espécie de balanço e nos preparamos para prosseguir a vida.

De tão importantes, os discursos registrados na Bíblia por ocasião dessas despedidas foram catalogados como um verdadeiro sub-estilo literário, onde se vê 1) a convocação dos fieis, 2) anúncio da partida, 3) uma rememoração histórica do que Deus fez, 4) exortação à fidelidade, 5) alertas sobre os perigos por vir, 6) promessas e palavras de estimulo, 7) renovação de votos, 8) apresentação do sucessor e 9) oração.

Este é o esquema da despedida de Moisés (Dt 31-33), da despedida de Josué (Js 23-24), da despedida de Samuel (1Sm 12), da despedida de Davi (1Cr 28-29), da despedida de Paulo aos presbíteros de Éfeso (At 20)...

Ainda que um pouco fora dessa ordem, a segunda carta que Paulo escreveu a Timóteo também pode ser vista como um grande discurso de despedida. Porém, o discurso de despedida por excelência é o de Jesus conforme o registro de João (13-17).

Pois bem: depois de um período de onze anos é hora de partir, mas não quero fazer qualquer discurso ou cerimônia de despedida. Um adeus (onde quem fala recomenda seu ouvinte a Deus) é suficiente.

Há algum tempo ressoa em meus ouvidos as palavras de um velho professor: “mais importante do que a hora de chegar é saber a hora de partir”. Mais cedo ou mais tarde todos nós partiremos. Se não para ali, sem dúvida, para o além; e a despedida, que poderia ser controlada, e com a qual se pode crescer, torna-se surpresa da qual dificilmente se extrai algo de bom.

Que Deus nos poupe de tanto!

Levo a convicção, proveniente de uma boa consciência, de que conduzi o rebanho do Senhor à pastos verdes e águas tranquilas, tal como ele ordena a seus pastores.

Levo saudades daqueles com quem dividi momentos de alegria e de dor, de nascimento e de morte, de admoestação e de recuperação. Como deixar do lado de fora do coração os que moram nele? Como esquecer-me dos que são as verdadeiras memórias?

As orações nos acompanharão e a saudade será nossa testemunha diante de Deus.

Um último pedido: Não coloquem a Palavra de Deus em segundo plano, pois ela é o único e verdadeiro alimento de nossas almas e sob seu padrão é que prestaremos contas a Deus.

sábado, 15 de novembro de 2014

Palestinos e Judeus

Desde fúria cega das bombas lançadas por palestinos e por judeus na guerra de algumas semanas atrás, até os ataques individuais feitos pelos palestinos,  com carros, tratores, motocicletas, ou com o próprio corpo coberto de explosivos, revelam uma fúria impossível de ser descritas.

Esse estado de beligerância, em que o ódio parece respingar, não é novo. A Bíblia atesta sua antiguidade. O primeiro contato entre palestinos e judeus é do tempo de Abraão. Os dois Abimeleques (provavelmente pai e filho) relatados em Gênesis capítulo 20 e 26, que foram iludidos por Abraão e Isaque, respectivamente, eram filisteus.

É bom lembrar que a palavra “palestina” se deriva da palavra hebraica para invasor, ou divisor (a mesma que deu origem a Pelegue, filho de Heber (Gn 10.25), que nasceu quando a terra foi repartida). A palavra tem duas formas: uma com P, originária do hebraico (de onde vem a forma portuguesa “palestinos”) e outra com F do árabe, que não possui o som P (de onde vem a forma ladina “filistines” e francesa “Philistins”). Eles invadiram a região que a Bíblia chama de filístia, vindo de Caftor (Creta). Veja o que diz o profeta Amós (9.7): “Não fiz eu subir a Israel da terra do Egito, e de Caftor, os filisteus”?

Parece que na época do êxodo já eram belicosos, pois Moisés registra que Deus não conduziu Israel pelo caminho mais curto, da terra dos filisteus, para que “o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito” (Ex 13.17).

Certamente naqueles dias eles já habitavam a Faixa de Gaza, pois o mar daquela região era conhecido como o “mar dos filisteus” (Ex 23.31) e em Dt 2.23 encontramos: “também os caftorins que saíram de Caftor destruíram os aveus, que habitavam em vilas até Gaza, e habitaram no lugar deles”.

Eram descritos como povo valente, forte e alto (Dt 2.20-21) e, quando Josué estava velho, Deus se referiu ao lugar em que viviam, como terra “não conquistada” (Js 13.2). Diz também que os cinco príncipes filisteus – “o de Gaza, o de Asdode, o de Asquelom, o de Gate e o de Ecrom” (Js 13.3) – foram deixados pelo SENHOR, para “provar a Israel” (Jz 3.1-3).

Durante os 400 anos dos juízes houve muitos enfrentamentos. Sangar, um dos juízes, notabilizou-se em luta contra eles (Jz 3.31), mas Israel chegou a adorar seus deuses (Jz 10.6). Quem mais se destacou na luta contra eles foi Sansão, que, apesar de casado com uma filisteia (Jz 14.1-4), os enfrentou: incendiou suas plantações (Jz 15.3-6) e arrancou os portões de Gaza, a principal cidade deles (Jz 16.1). Traído por Dalila, que estava a serviço deles, foi preso. Furaram seus olhos e o levaram, como trofeu, para o templo do principal deus do panteão filisteu, Dagom. Lá conseguiu derribar os pilares do templo, matando seus príncipes (Jz 16.19-30).

Nos dias de Samuel os filisteus tomaram a Arca da Aliança e a colocaram no templo de Dagom como despojo. Deus os castigou tanto que a enviaram de volta. Nos dias de Saul não deram trégua. 

Dominavam os arredores com armas de ferro, o que lhes dava grande vantagem. Cerca de setenta anos depois de Sansão apareceu o filisteu Golias, que foi morto por Davi. E alguns anos depois, na luta contra eles, desesperado, o primeiro rei de Israel, Saul, se matou.

O segundo rei de Israel, Davi, além de vitórias sobre eles, obteve o respeito de alguns ao ponto de serem usados como seus guardas pessoais (veja 2Sm 8.18, 15.18, 20.7, 20.23 na versão Almeida Corrigida que fala de Peleteus: uma derivação da palavra filisteus: provavelmente uma tribo menor dentre eles).

Continuaram inimigos dos demais reis de Israel e de Judá. Algumas vezes Israel os dominava (2Cr 17.11), outras vezes era vencido (Is 9.12).

O território chamado de filístia (terra dos filisteus) é também chamado de Faixa de Gaza, tendo a cidade de Gaza por Capital, sendo que seus limites variaram com o tempo. Gaza, de modo particular, e os filisteus, de modo geral, foram objeto das profecias de Jeremias (47.1-7), Amós (1.6-7), Sofonias (2.4) e Zacarias (9.5-6).

No período inter-testamentário sabemos que a cidade de Gaza foi vencida e ocupada sucessivamente por Alexandre, o grande, por Jonatas Macabeu e por seu irmão Simão. Por Alexandre Janeu, por Pompeu (que a submeteu à jurisdição romana da Síria) e por Gabínius, que após destruí-la totalmente reedificou-a em outro lugar.

A palavra filisteu(s) não aparece no Novo Testamento, mas foi na estrada de Jerusalém a Gaza que Filipe encontrou o Eunuco de que Lucas fala (At 8.29-40).

Apesar de grandemente danificada pelos judeus em 65 AD, Gaza chegou a ser, décadas depois, um bispado cristão e em 634 caiu sob o domínio muçulmano.


Não encontramos em toda Bíblia uma só profecia, promessa, bênção ou boa palavra sobre o futuro dos filisteus. Ao contrário, são muitas as profecias sobre a ira do SENHOR e sua espada sobre eles. Porém, hoje sabemos que em Cristo eles também serão tornados filhos de Abrão. Aí entenderemos o significado da profecia de Isaías: “Uiva, ó porta; grita, ó cidade; tu, ó Filístia toda, treme; porque do Norte vem fumaça, e ninguém há que se afaste das fileiras. Que se responderá, pois, aos mensageiros dos gentios? Que o SENHOR fundou a Sião, e nela encontram refúgio os aflitos do seu povo” (Is 14.31-32).

sábado, 8 de novembro de 2014

Os que vos presidem bem

Depois do dia de Pentecostes alguns convertidos permaneceram em Jerusalém e muitos voltaram para suas cidades de origem onde estabeleceram igrejas. Este deve ter sido o início de Igrejas como a de Roma. Lucas nos informa (At 28.13-14) que encontraram “alguns irmãos” em Putéoli (próximo a atual Nápoles) e que foram recebidos pelos crentes de Roma na Praça de Ápio.

Até o fim do primeiro século temos notícias de pelo menos 50 igrejas em diversas cidades desde Jerusalém a Roma. Dentre essas, temos detalhes em Atos dos Apóstolos, das igrejas na Galácia, Filipos, Tessalônica, Corinto e Éfeso e pelas cartas de Paulo sabemos algo das igrejas em Colossos, Laodicéia e Creta. O Apocalipse fala das 7 igrejas na Ásia menor.

Portanto, em cerca de 60 anos – de 40 a 100 AD – podemos catalogar umas cinquenta igrejas diferentes, fundadas em situações diferentes, em cidades diferentes, falando idiomas diferentes, com poucas coisas em comum: todas dentro do império romano e todas usando um sistema de governo semelhante.

Sobre essa primeira característica comum, veja aqui uma análise que fiz em agosto de 2011. Quanto à segunda característica, Lucas nos diz que a Igreja de Jerusalém tinha Apóstolos (At 8.1, 11.30, 15.1, etc.) e presbíteros (At 15.1). Também tinha diáconos, pois os 7 homens (At 6.1-7) foram eleitos com missão de servir às mesas.

O ofício de Apóstolo foi tão restrito aos Doze chamados por Jesus, quanto o patriarcado foi restrito aos filhos de Jacó. Além dele temos apenas Matias e Paulo (que, como os dois filhos de José, foram agregados ao patriarcado também). Os textos em que outros são chamados apóstolos (Barnabé em At 14.14 e Tiago, o irmão do Senhor, em Gl 1.19) são claramente lato sensu. Seria como dizer que Moisés e Josué foram patriarcas de Israel. Só houve uma substituição entre os doze: Judas. Quando o último apóstolo morreu considerou-se extinta a época deles e os que ousaram identigicar-se como apóstolos foram expostos como obreiros fraudulentos, ministros de Satanás (2Co 11.4-15) e mentirosos (Ap 2.2).

Os presbíteros são explicitamente mencionados nas Igrejas de Listra, Icônio e Antioquia (At 14.21-23), Éfeso (At 20.17), Creta (Tt 1.5) e nas diversas igrejas do Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (1Pe 5.1 em conjunto com 5.5). A palavra presbítero basicamente significa idade mais velha, porém seu uso mais comum refere-se à maturidade. A Septuaginta (tradução grega do Antigo Testamento) usou diversas palavras derivadas da raiz presb: velhos (Sara e Abraão), ou líderes (os auxiliares de Moisés). No Novo Testamento (NT) refere-se aos membros do Sinédrio, aos seres celestiais do Apocalipse, e principalmente a certos líderes cristãos, encarregados de supervisionar e pastorear a Igreja (At 20.28, 1Pe 5.1-3, etc.).

A palavra diácono aparece 34 vezes (5 vezes na Septuaginta) com o sentido básico de serviço (os servos no Livro de Ester, o maior no reino dos céus, os serventes na festa de Caná, etc.) Porém, em cinco lugares ela claramente refere-se a um ofício na Igreja (os que preenchem as qualificações dadas a Timóteo (1Tm 3.8-10) e aquele a quem a Carta aos Filipenses foi endereçada (Fp 1.1). Os primeiros diáconos foram eleitos na Igreja de Jerusalém (At 6.1-6).

O texto bíblico menciona bispos nas Igrejas de Éfeso e FIlipos e indiretamente na de Creta (quando Tito recebe instruções). A palavra episkopos e suas correlatas (de onde veio nossa palavra bispo) era usada desde a Grécia clássica para designar aquele que supervisiona, superintende, vela ou vigia por algo (Artemis vigiava pela fidelidade dos contratos). É mais usada na Septuaginta (14 vezes) sempre com o sentido de ter o encargo de, comandar, superintender, inspecionar, do que no NT (5 vezes) onde significa basicamente pastorear. De todas as vezes fica a impressão de um presbítero que tinha uma incumbência específica.

É notável que durante todo esse tempo, em uma área com quase 5 mil quilômetros de extensão, igrejas de nacionalidades e idiomas  tão díspares, possuíssem forma de governo tão semelhante. Não pode ter sido apenas coincidência. Creio que a Doutrina dos Apóstolos incluía também uma alusão ao sistema de governo do Antigo Testamento em que os presbíteros já estavam presentes e os diáconos possuíam missão análoga à dos levitas.

Os presbíteros, que supervisionassem bem, deveriam ser dignos de honra (ou honorários) dobrados, especialmente os que se dedicassem ao estudo da Palavra de Deus e ao ensino (1Tm 5.17). Deveriam ser tidos em alta conta, ter sempre um voto de confiança diante de denúncias isoladas (mas, quando culpados, a disciplina deveria se pública, diante de todos).

Não podemos esquecer que eles receberam exortações pungentes sobre como exercer seus ofícios: Paulo diz que eles deveriam ter vidas tão ilibadas ao ponto de não serem passíveis de qualquer repreensão. Deveriam ser maridos de uma só mulher e pais de filhos dóceis. Irrepreensíveis, também, ofício do presbiterato. Afáveis, pacíficos, generosos, hospitaleiros, sóbrios, apegados à doutrina cristã, dispostos a defendê-la e a promover sua aplicação. Pedro ordena-lhes atender o rebanho com dedicação e liberalidade sem segundas intenções, especialmente financeiras. E João diz que devem ser comprometidos com a verdade.

Todas as qualidades estão relacionadas a cuidado e nenhuma delas a desempenho. Diferentemente de hoje, os líderes do povo de Deus, não são executivos dirigindo uma empresa ao sucesso. São homens santos cuidando de um rebanho que não lhes pertence.


sábado, 1 de novembro de 2014

Davi e os Salmos

No fim de sua adolescência, Davi recebeu de seu pai, a incumbência de levar alimento para seus irmãos que estavam no campo de batalha. O capítulo 17 do primeiro livro de Samuel nos conta que os dois exércitos estavam acampados em lados opostos de um vale, no qual o maior guerreiro dos filisteus, com quase 3 metros de altura, se apresentava diariamente e insultava o exército de Israel desafiando a que alguém o enfrentasse. O soldado mais alto de Israel era exatamente o rei Saul, que, como seus soldados, estava amedrontado.

Indignado com o medo de seu exército e com os insultos do guerreiro filisteu, Davi aceitou seu desafio. Era uma verdadeira temeridade: ele ainda era “um menino ruivo com bochechas rosadas”. 
Tomou 5 pedras no riacho e encarou o filisteu que irado perguntava: “sou acaso algum cão?”. Davi o venceu com uma pedrada na testa.

Após sua impressionante vitória, Davi passou a morar no palácio de Saul e tornou-se seu principal comandante. Foi aclamado e cantado como herói e destacou-se tanto que Saul passou a nutrir-lhe ciúmes e diversas vezes tentou matá-lo.

A vida de pastor ficou para trás. As guerras tornaram-se sua principal obrigação. Entre essa infância quase idílica, em que os maiores perigos eram os animais do campo, e uma juventude de dificuldades e guerras, Davi encontrava alento na música. Setenta e três, dos cento e cinquenta Salmos, foram compostos por ele. E, tenho por certo, que a maioria dos que ele compôs, compôs em sua velhice.

Veja, por exemplo, o Salmo 23. Exala saudades. É como se Davi, já velho, vendo o que Deus lhe permitiu fazer à Israel, seu segundo rebanho, relembrasse os cuidados que ele tinha com o rebanho de ovelhas de sua adolescência: Como nada faltava a meu rebanho, assim as ovelhas do SENHOR de nada têm falta. Como protegi meu rebanho assim Deus nos protege. Levei minhas ovelhas às boas águas e aos bons pastos, assim o SENHOR também faz. As veredas pelas quais conduzi minhas ovelhas foram apenas um vislumbre das “veredas da justiça” pela qual ele nos conduz. E como eu as protegi, mesmo nos locais em que a morte fazia sombra, ele nos protegeu também nos momentos mais perigosos.

E assim, Davi, pastor de dois rebanhos, relembrava-se e fazia de suas lembranças canções de louvor ao SENHOR.

No Salmo 139, além de seus dotes artísticos, aparece também sua teologia. Observe que é uma teologia profundamente arraigada em sua experiência com Deus. Ele começa falando do conhecimento de Deus e o expressa com os verbos sondar, saber, penetrar, esquadrinhar e cercar. Aquilo que ninguém conhece (a palavra não falada), é inteiramente conhecida por Deus. E, como conclusão, ele exclama: ”Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir”.

Seu segundo assunto é a onipresença de Deus e ele a expõe argumentando hipoteticamente sobre a impossibilidade de esconder-se de Deus: “Para onde me ausentarei de teu Espírito? Para onde fugirei de tua face?”. E a seguir propõe dois contrastes: O primeiro entre o mais alto e o mais baixo e o segundo entre o que está mais a leste e o que está mais a oeste.

Deus é Senhor do mais alto, dos céus (ou da vida), do mesmo modo que é Senhor do mais baixo, do profundo abismo (ou da morte). Igualmente é Senhor de qualquer lugar que possamos ir desde o nascente (alvorada) ao por do sol (noite).

Ele continua olhando a si próprio no terceiro assunto: a onipotência de Deus. Deus, literalmente, tomou posse de seus rins (lembre-se de que nesta época os rins eram vistos como hoje vemos o coração: órgão vital) e o teceu no ventre de sua mãe. Sendo que nesse local secreto, os ossos que ainda permanecem em segredo para todos nós, estavam claros e acessíveis a Deus. Antes de seu corpo ter um formato definido, Deus já havia formatado todos os seus dias, pensando muitíssimas vezes o que há de mais precioso a seu respeito.

Pois bem: como é que um Deus tão impressionante como este pode ser desdenhado? Como pode haver que seja seu inimigo? O que é que ele deve fazer a respeito de quem, dentro do povo de Deus, o aborrece?

Lembre-se que Davi era o representante máximo de Deus sobre Israel.

O ódio que Davi tinha desses ímpios era tão grande que ele teme pecar. Então ora: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”.