segunda-feira, 24 de julho de 2006

Os oficiais da Igreja (Parte 3)

À luz de tudo o que já vimos, os oficiais da Igreja, hoje, têm por função dar continuidade a obra de Cristo nos moldes em que ela foi “formatada” por seus Apóstolos e dentro da “cosmovisão histórica” revelada através de seus profetas. Por isso a Igreja é única: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular” (Ef 2.19-20).

Por “formatada” deve ser entendido que ela é governada conforme moldes muito peculiares que atendem ao que os Aspóstolos do Senhor aprenderam dele.

A importância destes moldes poder ser avaliada: em sua primeira viagem missionária, depois de passar por diversas cidades o Apóstolo Paulo foi apedrejado na última, e, dado como morto, foi jogado da cidade. Socorrido pelos irmãos, já no dia seguinte ele começou o caminho de volta passando pelas mesmas cidades em que fora perseguido preocupado em eleger presbíteros em cada Igreja. À luz disso poderiamos menosprezar as funções dos oficiais da Igreja? Nos atreveríamos a substituir este tipo de governo?

Por “cosmovisão histórica” dos profetas deve ser entendido que o Senhor da história a dirige linearmente em direção a um ponto. E que tudo o que aconteceu no passado visou preparar seu povo para a plenitude dos tempos em que a revelação seria dada pelo seu próprio Filho em pessoa, no qual além de habitr corporalmente a plenitude da divindade é a expressção exata de seu ser.

Portanto a verdadeira obrigação dos oficiais da Igreja não é com o rebanho, mas com o Senhor do Rebanho.

Devem atender as ovelhas na medida e conforme sua santa vontade, sem buscarem outro norte a não ser sua Palavra, sem se importarem com qualquer outra coisa que não o atinjir a “estatura de Cristo”.

Ser oficial da Igreja, portanto, é uma honra que o Senhor concede, mas ao mesmo tempo é a maior prova de obediência que o Senhor exige de seus filhos.

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