domingo, 22 de julho de 2007

Chegou uma carta de Paulo! (Parte 2)

Ainda era cedo, mas a escola de Tirano já estava cheia. Era comum que no Dia do Senhor, o ambiente ficasse repleto, mas hoje estava mais cheio. A notícia da carta se espalhou e desde mais cedo havia um grupo esperando pela leitura dela.

Os presbíteros, juntamente com Tíquico, já a haviam lido durante a semana, e alguns assuntos já eram conhecidos. Dizia-se que ele falava bastante sobre família. A expectativa era grande.

Não me lembro de tudo, é claro, mas fiquei com algumas impressões muito fortes sobre o que ouvi.

A carta parecia mais uma oração.

Cada assunto que era abordado por ele, era concluído com uma oração. A própria carta já começava com uma oração em que ele agradecia por termos sido eleitos por Deus Pai, redimidos pelo Senhor Jesus e selados pelo Espírito Santo. Só então pede pela Igreja. Mas, ainda não entendi bem o que ele quis dizer com: “iluminados os olhos do coração”.

Seu primeiro assunto é garantir que fomos reconciliados com Deus e com o povo dele mediante a obra do Senhor Jesus e nos tornamos portadores dos mistérios de Deus – eu nunca havia pensado que a Igreja era tão importante assim – e em seguida faz outra oração.

Mas acho que o assunto que mais chamou a atenção de todos foi o que ele mesmo chamou de “andar de modo digno do chamado de Deus”.

Primeiro ele expôs a importância de nossos presbíteros: eles são obrigados por Deus a lutar para que deixemos de ser crianças levados de um lado para outro por todo vento de doutrina.

Depois ele disse que devemos lutar para evitar uma vida errada e para ao mesmo tempo nos enchermos do Espírito Santo.

Achei curioso ele ensinar que ficamos cheios do Espírito Santo à medida que nos lembramos sempre das Escrituras, (nem que para isso tenhamos de cantá-las de cor) e que aprendemos a nos submeter uns aos outros.

Achei que algumas coisas que ele exige de nós, só mesmo com ajuda divina, pois é muito difícil.
Por exemplo, uma série de proibições: não furte mais; não diga coisas torpes; não entristeça o Espírito de Deus; não se ache entre vocês nem cobiça, nem pornografia, nem histórias sujas; nem conversas indecentes, brincadeiras maliciosas, não desperdicem o tempo de Deus com futilidades.

Pra falar a verdade, acho que não é apenas aqui em Éfeso que isto é difícil de ser cumprido, mas em todos os lugares.

Mas ele termina de modo incentivador: diz que está a nossa disposição uma verdadeira armadura que podemos usar para fazer frente a esses desafios e outros mais.

Que Deus nos ajude a usá-la bem.

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