Para redimir o povo de Deus do Egito, Moisés credenciou sua demanda com dez sinais: pragas sobre faraó e sobre seu povo. A primeira delas foi converter água em sangue.
Para redimir o povo de Deus de todos os seus pecados, Jesus fez muitos sinais: bênçãos sobre crentes e incrédulos. A primeira dessas bênçãos foi converter água em vinho.
Primeiro elemento criado por Deus, sobre o qual seu Espírito já pairava antes mesmo que ele chamasse a luz à existência, a água está presente física ou simbolicamente ao longo de toda história da redenção.
Através da água o povo antigo passou a pé enxuto para a liberdade e sobre ela o Senhor Jesus andou em busca dos seus.
A água brotada de uma rocha no deserto dessedentou os que vagavam a procura de uma pátria. E a água vertida da Verdadeira Rocha na cruz atestou a seus algozes que o Senhor havia morrido e a seu povo a completa redenção.
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Após as 10 pragas, no deserto, o povo de Deus pactuou com sangue uma Aliança na qual a lei escrita os ensinava como cultuar a Deus e como viver para seu agrado. Foram ordenados a manterem-se isolados dos demais povos. Esse isolamento contribuiu para a preservação dos escritos da lei até a plenitude dos tempos.
Após os muitos sinais, em um cenáculo, o povo de Deus, representado pelos apóstolos do Senhor, celebrou nova Aliança com vinho. Aliança que foi ratificada pelo Mediador com sangue. O verdadeiro sangue do qual todos os demais foram apenas sombras e que continua a ser visto no vinho quando rememoramos a mesma aliança.
O isolamento foi então transformado em ordem de ir pelo mundo. E a capacidade de se expressarem nos idiomas dos povos aos quais falassem veio daquele que pairava sobre as águas.
A preservação dos escritos passou a ser garantida pelo isolamento de corações consagrados, e a divulgação de como adorar a Deus e viver para o seu agrado foi confirmada pela água do batismo e derramou-se como rios de águas vivas pelo verdadeiro deserto: o mundo.
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O sangue, no qual o Criador disse residir a vida, permeia toda história da redenção a tal ponto que é difícil selecionar os eventos mais significativos em que ele está presente.
Mas destaca-se o sangue que, aspergido sobre os umbrais, protegeu o povo de Deus da última praga trazida por Moisés. Noite terrível que tipificava a escuridão mais pavorosa em que o verdadeiro Cordeiro ensangüentaria não simples umbrais, mas uma cruz hedionda ao abrigo da qual estão protegidos os primogênitos e todos os nascidos da água e do Espírito.
E, entre a água convertida em sangue por Moisés, e o sangue separado da água, vertido na cruz, o Senhor Jesus nos oferece o vinho como símbolo de uma Aliança superior em que pragas e sacrifícios - mesmo o da cruz - são realidades passadas.
Virá o dia em que o segundo e o terceiro anjo derramarão sobre o mar e sobre as fontes suas taças transformando-os novamente em sangue. Entretanto, o vinho que recebemos à Mesa do Senhor testifica-nos hoje o dia eterno em que, livre desses horrores, beberemos juntos com o Senhor um vinho novo no reino do Pai.
Um comentário:
Excelente Rev!
Achei fantásticos esses contrastes e apresentações destes símbolos tão característicos e presentes no cristianismo.
Deus o abençoe.
Marcelo
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