sábado, 3 de maio de 2008

A ascensão de Jesus

Uma vez Jesus contou uma parábola sobre um homem que deixou noventa e nove ovelhas e saiu em busca de uma que se havia perdido. Seu objetivo era falar da maior alegria que há nos céus “por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.

Entretanto, creio que nesta parábola há excelentes pontos de comparação com a própria obra do Senhor Jesus.

Primeiro Jesus é o verdadeiro Pastor - o Bom Pastor - do qual todos os pastores - aqueles que se preocupam em livrar as ovelhas da perdição - são apenas tipos.

Ele, como o homem da parábola, também veio em busca de sua ovelha que se perdeu, e, como o homem da parábola, tomou sua ovelha nos próprios ombros e a levou de volta para casa alegre e espalhando alegria.

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Quando chegou a hora certa e os tempos se completaram o Verbo se fez carne. O Pai lhe formou um corpo. Os anjos o contemplaram e rejubilaram-se. E ele, o Verbo, deleitou-se em fazer a vontade do Pai.

Assumiu nossa natureza, fazendo-se um de nós. Tomou sobre si as nossas dores, e foi moído pelas nossas iniqüidades. “Entregue por causa das nossas transgressões, ressuscitou por causa da nossa justificação”.

Hoje nos relembramos do dia de sua volta à glória que tinha junto do Pai antes que houvesse mundo. Hoje nos lembramos de que, ao lado do Pai, ele intercede por nós.

Voltou.

Os anjos o viram e novamente rejubilaram-se. O Pai o viu e o recebeu satisfeito. Tão satisfeito quanto ele próprio ficou ao ver o fruto do penoso trabalho de sua alma.

O bom pastor achou a ovelha que se havia perdido. Deixou as outras noventa e nove e saiu pelos lugares perigosos da perda e do dano - amaldiçoados com cardos e abrolhos - e achando-a, colocou-a nos ombros e a trouxe para casa.

Salvação completa.

Não apenas possibilidade de salvação: Redenção.

Depois de tudo consumado, não havia mais o que fazer senão reassumir o que era antes. Mas reassumir como um de nós. E, como um de nós, com nossa natureza adquirida ao tabernacular conosco, recebeu do Pai todo poder no céus e na terra. Nele “reside toda plenitude”.

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Quinta-feira passada completou-se 40 dias deste a data em que relembramos a ressurreição do Senhor. E, conforme as Escrituras, após haver dado ordens aos seus discípulos e aos seus apóstolos, ascendeu aos céus.

Hoje é dia de meditarmos na segurança que sua volta aos céus nos dá. Lá - um de nós, que em tudo foi tentado, mas em nada pecou e sabe compadecer-se dos que também são tentados - por nós intercede e por nós aguarda.

Nos aguarda certo de que o que fez não foi em vão.

Resta-nos apenas cumprir o nosso tempo - como ele cumpriu seu próprio tempo - e nos mudarmos para lá.

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