Ao retomar a glória que tinha junto do Pai antes que houvesse mundo, o Senhor assumiu a tarefa de interceder por nós e, como fazia antes - e fez durante os dias de sua carne - retomou também a tarefa de construtor: está preparando-nos lugar.
Porém, não nos deixou órfãos. Pelo contrário, nos enviou seu Espírito que "é sobre todos, age por meio de todos e está em todos", e, portanto, está onipresentemente conosco.
Sua natureza humana, glorificada, está à destra do Pai. Seu Espírito está conosco. E porque seu Espírito está conosco temos o conforto (cum+fortius = com força) de sua presença, lembrando-nos de tudo o que disse, fazendo-nos ver claramente sua vontade, querê-la e realizá-la.
Ele não está ocioso nos céus e tampouco nos deixou ociosos na terra: seu Espírito capacita-nos a trabalhar em prol de seu reino, dando-nos conhecimento, discernimento e disposição necessária para tanto. E o ato inicial desta tarefa aconteceu 10 dias após sua volta aos céus, no dia de Pentecostes.
Naqueles dias precisávamos ser convencidos de que a tarefa que ele nos dera, destinava-se mesmo a todas as nações e que tínhamos condições de realizá-la. A falta dos meios não seria obstáculo, pois ele mesmo supriria. Tudo isso ocorreu de uma só vez.
Todos eram judeus e sabiam que as manifestações do SENHOR sempre eram sinalizadas, sendo o fogo um dos principais sinais que ele usava. Foi assim no Sinai, quando o Tabernáculo foi consagrado, quando o primeiro Sumo-sacerdote (Arão) foi ungido, quando o Templo de Salomão foi dedicado, etc. Nada mais natural, portanto, que ele usasse o mesmo sinal. E usou: sobre cada um apareceu o que Lucas descreveu com as palavras: "línguas como de fogo".
Para deixar claro que a ordem que dera referia-se a todas as nações, o ato seguinte foi capacitá-los – sem quaisquer meios ordinários – a falar idiomas de outros povos. Se desde Babel eles eram um empecilho, agora não eram mais.
Para deixar claro que as condições para cumprir a missão seriam supridas o fogo atestava simbolicamente que o mesmo poder conferido aos agentes da Antiga Aliança estava sendo conferido à cada um deles. Eram, por assim dizer, novos tabernáculos em que o Senhor residiria e novos sacerdotes que conduziriam muitos ao Senhor.
O Pentecostes atesta a vitória e exaltação de Cristo, sua presença conosco, e marca o início da nova formação do povo de Deus, que não está mais adstrito a uma nação, tampouco a um lugar, muito menos a um idioma.
E sua promessa continua: “eis que estou convosco, todos os dias, até a consumação do século”.
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Um comentário:
Caro Folton
Acho que vou dar uma parada na leitura do seu blog, pois esta noite sonhei com o senhor (risos...)
Estava magro no sonho (mais risos...)
Achei muito boa esta reflexão sobre o pentecostes.
Um abraço
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