sábado, 5 de janeiro de 2013

Visões do futuro

O bom de chegarmos ao futuro é ver o quanto estávamos errados sobre ele no passado. Deixe-me explicar melhor.

Chegamos a 2013 vendo muitas previsões, de estudiosos “futurólogos”, desmentidas. Por exemplo: Para quem gosta de tecnologia, nossas casas já deviam ter robôs fazendo os trabalhos domésticos.

Nos anos cinquenta alguns garantiram que depois do ano 2000 já seria possível fazer turismo em outros planetas a partir de uma estação espacial orbitando a terra.

Para quem gosta de moda, já deveríamos estar vestindo roupas que não precisassem ser lavadas ou passadas (talvez, nem trocadas), e que se ajustariam a qualquer tamanho.

Pra quem gosta de carros, já deveríamos ter carros voadores, não poluidores e completamente silenciosos. Aliás, já existem uns três por aí, só que parecem mais um cruzamento de fusquinha com teco-teco e fazem um barulho... Sem contar que necessitam de uma pista de pouso no fundo do quintal.

A lista é grande. E se além das previsões acadêmicas eu juntar as do cinema e as da TV (tipo Jetsons) a coisa fica feia. Entretanto, nós ainda temos de lavar nossa louça, nossa roupa e quando conseguimos um pacote turístico pra uma praia mais próxima temos de ficar alegres. Isso sem falar de nossas estradas. Aliás, é bom nem falar, pois as do império romano, no tempo de Cristo, mutatis mutandi, eram bem melhores.

É muito interessante observar que a maioria dos que fazem tais observações se identificam como ateus e dizem sempre que estão fazendo isso com base no avanço da ciência. O enunciado costuma ser assim: “Continuando nesse ritmo, em tal data, teremos isso ou aquilo”.

De todos esses enunciados, que levam em conta o fator tempo futuro, o que, até 2007 (e parece que até hoje) tem se observado é o que ficou conhecido como “Lei de Moore”. Gordon E. Moore, um dos fundadores e presidente da Intel declarou em 1965 que a capacidade de determinados hardwares (número de transistores) aumentaria em 60% a cada 18 meses pelo mesmo custo.

Mudando de área... Se dependesse dos religiosos o mundo já teria acabado pelo menos umas 20 vezes. E se dependesse dos estudiosos da religião, já teríamos uma religião universal, ou nenhuma religião.

Aliás, você já reparou nos esforços da academia para impor o curso de Ciências da Religião, que estuda os efeitos de toda e qualquer religião sobre qualquer grupo social, sem preconceito ou ingerência? É uma proposta muito bonita. Tão bonita que cativa. Cativa tanto que muitos que a abraçam deixam de lado o verdadeiro Deus e começam a questionar se não é um preconceito cristão querer que exista apenas um Deus. Pior! Que ele tenha se revelado de forma infalível.

No fundo o que temos em mãos é uma questão que, além de ser prática, alicerçada na realidade, como meteorologistas do desenvolvimento das ciências, que às vezes acertam suas previsões, tem um cunho altamente religioso, pois o futuro, acima de tudo tem origem transcendente: Ninguém sabe se estará vivo amanhã.

O futuro está totalmente nas mãos de Deus. Desde a mais simples invenção até o destino, não apenas de um homem, mas de um povo. Os Assírios, que levaram Israel para o cativeiro, cem anos depois foram vencidos pelos Babilônios, que deram o mesmo destino a Judá. Estes, por sua vez, foram vencidos pelos persas, que foram vencidos pelos gregos, que acabaram sendo substituídos pelos Romanos. Cada um deles parecia ser eterno. Parecia! Como disse o profeta: “Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta” (Is 40.15).

Em 2013 continuarei a amarrar meus sapatos (prometeram sapatos auto ajustáveis), tomar cuidado com os buracos da rua e das estradas, desconfiar de quem prometer o fim da corrupção em nosso sofrido país e esconjurar todo aquele que chegar perto de mim com predições semelhantes às que citei.

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